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Haddad: data marcada para aprovar reforma tributária na Câmara é ‘totalmente factível’
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a data marcada para aprovação da reforma tributária na Câmara dos Deputados é 8 de julho, “prazo totalmente factível”.
Ele destacou ainda que o segundo projeto de lei da reforma tributária deverá chegar ao Congresso Nacional na próxima semana. “Temos uma agenda microeconômica aqui na casa que pode andar”, disse.
O ministro afirmou ainda que a equipe econômica está com “desejo” de terminar este ano com contas equilibradas. Haddad participa de uma audiência pública na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara.
Segundo ele, está acontecendo o que a Fazenda previa do ponto de vista de crescimento, inflação, emprego e fiscal. O ministro destacou que os núcleos de inflação estão rodando abaixo da meta. “Quantas vezes no regime de metas o Brasil teve 3% de meta de inflação?”, perguntou.
Haddad disse também que o trabalho de política monetária feito para a inflação cair foi “muito melhor do que a gente imagina”. “Muita coisa está sendo feita; por isso, estamos com indicadores [econômicos] dessa qualidade”, disse.
‘Lula controlou inflação por 8 anos, não vai ser diferente agora’
Haddad destacou que o presidente Lula controlou a inflação por 8 anos e “não vai ser diferente agora”.
“Se não fosse a reoneração de combustíveis, a inflação neste ano estaria em 3,3%”, disse Haddad durante participação em audiência pública na comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados na manhã desta quarta-feira.
Para ele, o governo realizou um pequeno ajuste no regime de metas para melhor, considerando a meta contínua de inflação. Haddad disse ainda que fez um elogio ao Banco Central, “que fez um trabalho melhor do que ele considera”.
Haddad disse ainda que não deseja que os bancos e o mercado de capitais tenham prejuízo. “É possível um ganha-ganha para a economia brasileira”, avaliou.
‘Temos um desafio em relação ao arcabouço, que são vinculações’
O ministro da Fazenda avaliou que existe um desafio em relação ao arcabouço, que são as vinculações. “Nós sabemos que tem uma questão de médio prazo de como compatibilizar esses vários interesses legítimos”, disse.
Haddad afirmou que a equipe econômica está estudando a melhor forma de estruturar isso. “Está no nosso radar”, apontou. O ministro participa de uma audiência pública na comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados na manhã desta quarta-feira (22).
Ele afirmou ainda que o governo tem trabalhado para que o impacto primário do Rio Grande do Sul seja o menor possível. “Nós queremos que a economia gaúcha se recupere o mais rápido possível”, afirmou. Haddad disse também que na próxima semana deverá ser anunciada uma medida para a reestruturação das indústrias gaúchas.
Poderes precisam se entender sobre taxação de importações
Haddad afirmou que está em um debate com os demais Poderes sobre a taxação de importações menores do que US$ 50. Ele destacou ainda que a medida não pode favorecer “A ou B” e tem que criar condições iguais de concorrência.
“A preocupação do comércio é legítima, a da indústria é legítima, mas precisa haver um entendimento dos três Poderes em torno dessa questão”, disse.
Haddad também cumprimentou os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas e de Minas Gerais, Romeu Zema, por terem feito acordo no âmbito do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) para apoiar o Remessa Conforme.
Para ele, o problema cresceu e os interesses contraditórios se impuseram. “Precisamos de uma solução conjunta”, avaliou durante participação em audiência pública na Comissão de Finanças e Tributação na Câmara dos Deputados na manhã desta quarta-feira.
Ele destacou também que a Câmara “tem toda a legitimidade para disciplinar essa matéria por lei”.
Com informações do Valor Pro, serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico
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