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Haddad anuncia Ceron no Tesouro e Barreirinhas na Receita e tem primeiro escalão quase todo montado
O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), anunciou oficialmente nesta quinta-feira (22) mais quatro nomes para seu time, que assume no começo de janeiro.
O auditor fiscal Rogério Ceron foi indicado como secretário do Tesouro Nacional e o advogado Robinson Barreirinhas terá o comando da Receita Federal.
Também foram anunciados Guilherme Melo como secretário de Política Econômica e Marcos Barbosa Pinto, responsável pela Secretaria de Reformas Econômicas.
Bancos públicos ainda sem definição
O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta quinta-feira que os nomes que serão anunciados para a presidência do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal “estão mais adiantados”.
A afirmação foi feita em entrevista coletiva realizada no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde está sendo realizada a transição de governo. “Assim que tiver os nomes”, ele deve anunciar, disse.
De acordo com Haddad, o primeiro escalão do Ministério da Economia “está praticamente montado”, e ele definirá o secretário de Assuntos Internacionais na semana que vem.
O futuro ministro disse que também conversará com o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sobre os nomes que serão escolhidos para Banco da Amazônia (Basa), Banco do Nordeste e Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro).
Conheça a seguir os nomes indicados por Haddad para a equipe econômica nesta quinta.
Robinson Barreirinhas (Receita)
Robinson Barreirinhas é advogado formado pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco, da USP (Universidade de São Paulo), e é especialista em Direito Tributário pelo Instituto Brasileiro de Estudos Tributários (IBET-SP). Também foi assessor do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Há 22 anos, ele é procurador do Município de São Paulo.
Durante a gestão de Fernando Haddad como prefeito de São Paulo, Barreirinhas assumiu a Secretaria de Assuntos Jurídicos da Prefeitura paulista.
Atualmente, Barreirinhas também é professor de Direito Tributário e Financeiro pelo IEDI (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial).
Rogério Ceron de Oliveira (Tesouro)
Já Rogério Ceron de Oliveira é graduado e mestre em Economia pela Unicamp (Universidade de Campinas) e também é servidor público de carreira. Enquanto Haddad esteve à frente da Prefeitura, Ceron exerceu o cargo de Subsecretário do Tesouro, e, segundo ele mesmo, liderou a discussão para a revisão da dívida municipal de São Paulo com a União, quando foi obtida uma redução de R$ 30 bilhões em dívida do município com o governo.
Ao final da gestão de Haddad, Ceron foi promovido para Secretário de Finanças da Prefeitura de São Paulo, onde finalizou a renegociação de dívida com a União e acompanhou a entrada de aplicativos de transporte na capital, como Uber e 99.
Após a chegada de João Dória à Prefeitura, em 2017, Ceron tornou-se Secretário Adjunto da Fazenda do governo do estado de São Paulo, e, mais tarde, assumiu como Secretário Adjunto da Secretaria de Desestatização e Parcerias (SMDP).
Guilherme Mello (Política Econômica)
Guilherme Mello, indicado à Secretaria de Política Econômica, é coordenador do programa de pós-graduação em desenvolvimento econômico da Unicamp.
Durante a apresentação do novo secretário, Haddad disse que Mello se credenciou ao cargo especialmente por sua atuação na campanha de 2018, quando foi designado para representar a campanha em debates.
O novo ministro também destacou a atuação de Mello no grupo de transição. “Ele deu deu subsídios para fazer a negociação da PEC da Transição e foi decisivo em elaborar argumentos sólidos para nortear as negociações para o sucesso que foi ontem (a votação do projeto na Câmara), no convencimento de quase 360 parlamentares”, disse.
Marcos Barbosa Pinto (Reformas Econômicas)
Marcos Barbosa Pinto assume a Secretaria de Reformas Econômicas, que toma o lugar da Secretaria de Acompanhamento Econômico.
Advogado, Pinto se envolveu com economia e atuou com Haddad na redação das leis da PPP e do Prouni na época em que o novo ministro da Fazenda atuou no Ministério do Planejamento.
“O Prouni já concedeu alguma coisa em torno de R$ 150 bilhões em bolsas de estudo pata jovens de baixa renda, e sem a lei das PPPs teríamos muitos problemas no Brasil no campo do investimento em infraestrutura”, disse Haddad durante a apresentação do novo secretário.
Pinto também trabalhou na BNDESPAR e na CVM, além de atuação na iniciativa privada, no setor financeiro.
Haddad indica motivos para as nomeações
Desde que foi indicado pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para ser o titular da Fazenda, Haddad vem destacando a importância de usar a advocacia pública para reforçar pelo lado da arrecadação o ajuste fiscal.
Uma das ideias de Haddad é “estruturar um grupo de acompanhamento do risco fiscal no Brasil” em parceria com Advocacia-Geral da União (AGU) e Ministério da Justiça e, a partir daí, “compor um time que terá atuação mais firme junto aos tribunais para diminuir o risco fiscal das decisões judiciais”. O futuro ministro também vem defendendo o uso da Receita e a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) nesse processo.
O ex-prefeito e futuro ministro já tem sua procuradora-geral para a PGFN: a advogada Anelize de Almeida. O subprocurador-geral da PGFN será o advogado Gustavo Caldas.
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