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Haddad: Governo trabalha em iniciativas para alavancar crédito barato
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (2) que o governo federal está trabalhando em iniciativas para alavancar o crédito barato no Brasil para o futuro.
Em entrevista ao programa “Bom dia, Ministro”, da TV Brasil, Haddad citou algumas medidas do governo federal nesse sentido, com destaque para o programa de renegociação de dívidas “Desenrola” e a redução de juros para crédito consignado, que segundo o ministro teve “adesão total” dos bancos.
Haddad também lembrou da aprovação do Marco de Garantias pelo Senado Federal em julho, que, segundo ele, “revoluciona o crédito no Brasil” e vai diminuir os spreads bancários.
“O marco aumenta a chance dos credores recuperarem o crédito e a contrapartida disso é justamente uma redução do spread, que é o juro para além da captação”, explicou o ministro.
Na entrevista, Haddad também destacou que o governo está fazendo uma “gestão enorme” para que haja redução na taxa básica de juros, a Selic.
“Precisamos sanar o estoque de dívidas que foi herdado de 2002: estamos falando de 72 milhões de CPFs negativados. Eu quero crer que nunca houve na história do país um legado tão ruim de crédito”, comentou o ministro.
Relação com os governadores
Fernando Haddad afirmou também que o governo federal está repactuando um ciclo de desenvolvimento sustentável com governadores e prefeitos para garantir a retomada de obras públicas e a geração de empregos.
Na avaliação do ministro, a relação entre o governo federal e Estados e municípios foi prejudicada durante a gestão anterior, do ex-presidente Jair Bolsonaro.
“O governo Bolsonaro praticamente destruiu um canal de comunicação importante com governadores e prefeitos e alguns Estados quebraram, sobretudo porque a União se apropriou de recursos de Estados e municípios, como aconteceu com as eleições do ano passado”, comentou Haddad.
O ministro disse que, em março, anunciou uma devolução recorde de R$ 27 bilhões para Estados e municípios e que agora o governo federal está dando um passo além, para “desburocratizar” a relação com governadores e prefeitos.
“Repactuamos o rating dos Estados, permitindo que quem mantém finanças em ordem tenha um espaço maior para investimentos”, afirmou. “Precisamos destravar o investimento público para gerar emprego e renda e destravar mais de 14 mil obras paradas”, emendou.
Com informações do Estadão Conteúdo
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