IBGE: desemprego cai para 8,3% da população em outubro

IBGE aponta taxa de informalidade em queda e vagas com carteira assinada no setor privado em alta

Mais de 70% dos funcionários se sentem desengajados. (Foto: Tony Winston/Agência Brasília)
Mais de 70% dos funcionários se sentem desengajados. (Foto: Tony Winston/Agência Brasília)

A taxa de desocupação no mercado de trabalho atingiu 8,3% nesta quarta-feira, segundo a PNAD Contínua (Pesquisa por Amostra de Domicílios Contínua), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O resultado confirma a tendência de queda no desemprego no país, com recuo de 0,8 pontos percentuais no trimestre entre agosto e outubro em relação a maio e julho de 2022. Na comparação com o mesmo período de 2021, o desemprego recuou 3,8 p.p.

A população desocupada no Brasil caiu para o menor nível desde o segundo semestre de 2015 na série histórica do IBGE. Hoje, 9 milhões de brasileiros estão desempregados, medida que despencou 8,7% — menos 860 mil pessoas — e 30,1% — menos 3,9 milhões — na comparação anual.

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A população empregada atingiu a maior nível desde a maior série histórica, com alta de 1% em relação ao trimestre anterior e de 6,1% no comparativo ano a ano — cerca de 6,5 milhões de vagas foram ocupadas, conforme o IBGE.

Já o nível de ocupação da população também atingiu outra marca histórica, a maior desde abril de 2015, diz o instituto. O percentual de pessoas empregadas na população com idade para trabalhar foi de 57,4%, crescendo 0,4 p.p ante o trimestre anterior e 2,8 p.p ante o mesmo período de 2021. A população fora da força de trabalho manteve-se estável, com 64,9 milhões de pessoas fora da força de trabalho.

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Vagas com carteira assinada

O número de pessoas empregadas com carteira de trabalho no setor privado também aumentou, aponta o IBGE. Vagas de trabalho sob o regime CLT se consolidaram em 36,6 milhões, crescendo 2,3% na comparação trimestral — mais 822 mil empregos — e 8,1% na comparação anual — mais 2,7 milhões de pessoas empregadas.

Ainda no setor privado, o número de empregados sem carteira de trabalho assinada também registrou alta. O IBGE afirma que houve aumento de 2,3% ao contingente de 13,4 empregados sem carteira na iniciativa privada do 2º para o 3º trimestre, enquanto na comparação anual houve avanço de 8,1%.

Taxa de informalidade sofre baixa

Houve recuo da taxa de informalidade no Brasil. Segundo o IBGE, 39,1% da força de trabalho ocupada opera sob a informalidade, decréscimo de 0,7 p.p na comparação trimestral e 1,6 p.p na anual.

Os dados do IBGE divulgados nesta-terça precedem a pesquisa do Caged (Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), que registrou abertura líquida de 159.454 vagas com carteira assinada em outubro. Segundo o órgão ligado ao Ministério do Trabalho, 1.789.462 novos empregados foram admitidos contra 1.630.008 desligamentos.

Economistas avaliam que o mercado de trabalho deve sofrer desaceleração até o final do ano, conforme dados do Caged. A criação líquida de empregos formais em outubro veio abaixo do esperado — a XP previa 210 mil vagas no mês, enquanto o Santander aguardava um número mais próximo a 240 mil.

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