Ibovespa encerra abaixo dos 130 mil pontos; Petrobras recua
Sem grandes gatilhos locais ou externos, o Ibovespa não encontrou suporte suficiente para se manter acima do patamar de 130 mil pontos e fechou em queda de 0,31%, aos 129.951 pontos, oscilando entre os 130.346 pontos e 129.094 pontos. A queda nas ações da Petrobras e de boa parcela das blue chips limitou um desempenho […]
Sem grandes gatilhos locais ou externos, o Ibovespa não encontrou suporte suficiente para se manter acima do patamar de 130 mil pontos e fechou em queda de 0,31%, aos 129.951 pontos, oscilando entre os 130.346 pontos e 129.094 pontos. A queda nas ações da Petrobras e de boa parcela das blue chips limitou um desempenho melhor do índice em mais um pregão de volume financeiro reduzido, de R$ 13,8 bilhões no Ibovespa e de R$ 18,1 bilhões na B3.
As ações PN da Petrobras caíram 0,39%, a R$ 36,11, enquanto as ON recuaram 0,48%, a R$ 39,44. Por outro lado, a leve alta de 0,13% dos papéis da Vale, para R$ 60,41, ajudou a minimizar um pouco as perdas do Ibovespa na sessão.
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O pregão também foi negativo para as ações da Azul, que caíram 5,70%, a R$ 5,63, e lideraram as perdas entre os papéis do Ibovespa. Segundo o analista Rafael Passos, da Ajax Asset Management, os papéis foram penalizados pela elevação do dólar, vista nos últimos dias, e dos preços do petróleo.
Apuração feita pelo Valor trouxe que a Azul está com duas propostas na mesa para levantar entre R$ 400 milhões e R$ 500 milhões no mercado usando a Azul Cargo, divisão de logística da aérea, como garantia. A primeira alternativa é uma captação mais complexa amparada por “bondholders” (detentores de dívida no exterior). Já o plano B envolve uma emissão de “bonds” (títulos) que podem ser convertidos em ações.
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O dia também foi negativo para papéis de varejistas, caso da Magazine Luiza, que caiu 3,83%, a R$ 9,30, entre as cinco maiores quedas do Ibovespa. Em relatório divulgado por analistas do J.P.Morgan ontem, os especialistas recomendaram evitar a exposição a ações como Magazine Luiza, Assaí e Carrefour Brasil. Segundo eles, tais nomes passam por processos de “turnaround” ou podem ser mais afetados por taxas de juros mais elevadas por possuírem uma alavancagem (endividamento) maior.
Já companhias como Lojas Renner, Natura &Co e Vivara mostram “tendências melhores”, diante de iniciativas internas para otimizar as estruturas corporativas após um período desafiador em 2023, na visão dos especialistas do J.P.Morgan.
Na ponta contrária, as ações da Hypera ampliaram a alta vista na sessão anterior e subiram 7,45%, a R$ 28,11. O valor de mercado chegou a R$ 17,8 bilhões, o que representa um ganho de R$ 1,2 bilhão desde que a companhia confirmou a proposta de fusão pela EMS na sessão da véspera.
Para o analista educacional da CM Capital Vitor Agnello Piazzi, a temporada local de balanços pode trazer alguns “gatilhos” positivos para o Ibovespa. O especialista diz que são esperados resultados piores para o setor de mineração, com o recuo do minério de ferro, e para o varejo, com a mudança na expectativa para os juros.
Operadores também monitoram o favoritismo do candidato republicano Donald Trump nas eleições presidenciais dos EUA e os efeitos nos mercados com medidas mais protecionistas, que poderiam causar pressões inflacionárias a curto prazo, o que diminui a probabilidade de cortes mais acentuados nas taxas de juros americanas pelo Federal Reserve (Fed).
“Outro ponto é que, provavelmente, o dinheiro estrangeiro vai voltar para os EUA, causando a valorização do dólar e a queda das bolsas”, afirmou um trader.
*Com informações do Valor Econômico