Uma combinação favorável de fatores locais ajudou a diminuir o prêmio de risco dos ativos domésticos na sessão de hoje e a destravar uma alta firme do Ibovespa, que avançou 2,82%, aos 126.913 pontos, perto da máxima, de 127.169 pontos. Foi o valor mais alto de fechamento nominal desde 11 de dezembro do ano passado. Na mínima intradiária, o índice chegou a tocar os 123.432 pontos.
O pregão começou agitado com a reprecificação vista na ponta curta da curva de juros, provocada pelo tom visto como mais “suave” adotado pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, no comunicado da reunião de ontem, em que o colegiado elevou a Selic para 13,25% ao ano.
Horas depois, a reação dos ativos foi intensificada pela divulgação de dados mais fracos de emprego no Brasil e pela adoção de uma postura vista como mais conciliatória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em relação ao Banco Central, na leitura do mercado. As notícias alimentaram um movimento de rotação para papéis de “beta” maior e que se beneficiam de um cenário de menos juros, segundo operadores ouvidos pelo Valor, o que deu um fôlego extra para ações domésticas. Papéis como Magazine Luiza (+12,59%), Yduqs (+9,86%), CVC (+8,33%) e LWSA (+7,52%) foram alguns dos nomes que despontaram.
A estrela da sessão, porém, foram as ações da Vale, que dispararam 4,22%. Na visão de operadores ouvidos pelo Valor, a forte alta foi desencadeada por uma avaliação mais positiva da empresa após o relatório de produção e vendas divulgado na terça-feira, além de declarações do presidente Lula sobre a boa relação com o presidente da mineradora.
O volume financeiro do Ibovespa foi de R$ 18,0 bilhões, um pouco acima da média diária de R$ 14,5 bilhões vista ao longo do mês de janeiro. Já na B3, o giro financeiro chegou a R$ 25,5 bilhões.
Em Nova York, as bolsas fecharam o dia em alta: o S&P 500 avançou 0,53%, o Dow Jones ganhou 0,38% e o Nasdaq teve alta de 0,25%.
*Com informações do Valor Econômico
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