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Ideia do Drex é reduzir custo de intermediação de ativos, afirma Campos Neto
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta sexta-feira (29) que o objetivo do Drex é reduzir o custo de intermediação de ativos financeiros e não financeiros.
“O Drex é uma moeda digital que vai muito além disso pagamento digital”, disse, durante palestra em evento da 1618 Investimentos.
Segundo Campos Neto, o ganho vem do fato de que a moeda digital gerará contratos automaticamente. “Isso significa que o contrato é de graça”, afirmou, acrescentando que isso faz com que o custo de intermediação diminua.
Sobre criptoativos, Campos Neto disse que recentemente houve um aumento da compra de stablecoins, lastreadas em dólares e com função mais próxima de um meio de pagamento.
Segundo o presidente do BC, o Drex poderá ter função importante para quem hoje usa criptomoedas desta forma. “Só que ele vai ter uma vantagem adicional, porque, como o contrato gerado por ele vai ter validade legal, você vai preferir muito mais pagar com ele do que pagar com stablecoin”, disse.
Campos Neto acrescentou que o Pix tem sido objeto de estudo em vários países, que mostraram que o sistema de pagamentos gera bancarização e formalização do mercado de trabalho. Além disso, o sistema melhorou a arrecadação do governo, por reduzir o custo do processo arrecadatório.
Corretoras de criptoativos
Campos Neto disse também que a regulação pretendida pela autoridade monetária sobre criptomoedas deverá exigir que corretoras tenham sede no Brasil.
“Se está vendendo para brasileiro, primeiro precisa ter sede no Brasil. Depois, precisamos saber que ele tem lastro. Depois, precisamos saber que, se ele está fazendo uma atividade de custodiante, ele não está fazendo uma atividade de emissão, nem de tomar posição em ativos diferentes”, explicou o presidente do BC.
Campos Neto afirmou que os grandes problemas de regulação de criptomoedas no mundo vieram justamente de questões relativas a falhas nesses pontos.
Segundo o presidente do BC, o fato de um custodiante de moeda virtual servir como emissor e tomar risco foi o que levou à quebra da FTX.
O banqueiro central afirmou ainda que a concentração da custódia de criptoativos em quatro custodiantes não regulados foi um problema.
A falta de regulamentação de algoritmos que constroem ativos secundários com base em ativos primários também foi um problema, afirmou.
Com informações do Estadão Conteúdo
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