Iene recua para menor nível ante o dólar em 32 anos
Depreciação da moeda japonesa se deu após o presidente do banco central japonês, Haruhiko Kuroda, reiterar que vai manter a política monetária do país relaxada
O iene recuou para seu menor nível em 32 anos ante o dólar hoje depois que o presidente do banco central japonês, o Banco do Japão, Haruhiko Kuroda, reiterar que vai manter a política monetária do país relaxada. Às 12h14, o dólar era cotado a 146,87 ienes, depois de atingir 146,965 ienes, o menor nível atingido pelo iene desde agosto de 1990.
Kuroda participou de um evento organizado pelo Instituto Internacional de Finanças hoje em Washington, segundo a Dow Jones Newswires. No evento, o presidente do banco central japonês disse que o afrouxamento da política monetária japonesa era necessário porque ele espera que a inflação caia para um nível abaixo da meta do banco de 2% no próximo ano fiscal, que começa em abril de 2023.
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Kuroda participou de um evento organizado pelo Instituto Internacional de Finanças hoje em Washington, segundo a Dow Jones Newswires. No evento, o presidente do banco central japonês disse que o afrouxamento da política monetária japonesa era necessário porque ele espera que a inflação caia para um nível abaixo da meta do banco de 2% no próximo ano ano fiscal, que começa em abril de 2023.
Ele disse também que movimentos especulativos seriam negativos para o iene e que a recente intervenção do governo do mercado foi apropriada.
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O MUFB Bank afirmou hoje em relatório que as autoridades japonesas não parecem preocupadas em defender determinados níveis para o iene. “O governo japonês interveio no câmbio em 22 de setembro em um nível imediatamente abaixo de 146 ienes por dólar e não repetiu mais a medida”, disse o analista cambial do MUFG, Lee Hardman, em nota. Segundo ele, o ritmo da desvalorização do iene é mais importante e que esse ritmo vem sendo mais gradual, o que é mais tolerável para o governo japonês. Porém, se o ritmo da desvalorização do iene se acelerar, as autoridades japonesas poderão voltar a intervir no mercado para dar suporte para a moeda, disse ele.