IF Hoje: Investidores reavaliam posições após queda nas projeções de inflação e dados mais fracos do IBC-Br
Desaceleração pode fazer Selic cair mais rápido, porém piora perspectiva de médio prazo
A divulgação do IBC-Br, índice de atividade econômica medido mensalmente pelo Banco Central, jogou um balde de água fria no mercado financeiro na segunda-feira (17) ao apontar uma contração de 1,13% no PIB (Produto Interno Bruto) em agosto.
Devido ao aumento dos juros, a expectativa dos analistas era de uma retração no mês. Mas de 0,6%, não da magnitude registrada.
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Ontem, no final da tarde, as taxas dos juros futuros encerraram o pregão em queda firme ao longo de toda a estrutura a termo da curva. O movimento ocorreu em meio a um ambiente externo mais calmo, com o anúncio de reversão parcial do pacote de medidas fiscais no Reino Unido, e, no ambiente doméstico, com os dados mais fracos do IBC-Br e queda nas projeções de inflação do Focus.
Ontem, o câmbio, assim como outros ativos domésticos, teve seu desempenho atrelado ao clima positivo para os ativos de risco nos mercados globais. O dólar encerrou o dia com queda de 0,38%, negociado a R$ 5,3028 no mercado à vista.
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Uma parte dos investidores optou por ver a queda da atividade medida pelo IBC-Br pelo lado bom: a fraqueza da economia significa que o BC pode voltar a reduzir os juros mais cedo do que o esperado. Após mais de um ano de elevação, a autoridade monetária decidiu, em agosto, manter a taxa Selic em 13,75% ao ano, e os economistas estão prevendo novas reduções somente a partir do segundo semestre de 2023.
No entanto, até que os juros voltem a cair, a economia do país pode desacelerar demais, o que não é bom para nenhum setor. Nos próximos dias, os economistas vão reavaliar o cenário para tentar entender até onde o esfriamento da atividade é bom e quando começa a ameaçar a sustentabilidade de médio prazo.
Agenda do dia
- 8h – Brasil: IGP-10 (outubro)
- 10h15 – EUA: Produção industrial (setembro)
- 17h30 – EUA: Estoques de petróleo bruto (semanal)
- 22h30 – China: Preços de imóveis (setembro)