IF Hoje: Atenções do mercado estão voltadas a discurso de Jerome Powell, do Fed
Enquanto no Brasil se desenrolam as negociações da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Transição e os investidores torcem pelo menor rombo do teto de gastos possível, o mercado financeeiro global aguarda ansiosamente o discurso de Jerome Powell, presidente do Fed (Federal Reserve, banco central americano) na tarde desta quarta-feira (30).
Powell pode dar mais indicações sobre como o Fed está vendo a trajetória da inflação nos Estados Unidos e a necessidade de continuar aumentando os juros para combater a alta dos preços. Existe a expectativa de que, ao se reunir nos dias 13 e 14 de dezembro, o comitê de política monetária do Fed eleve a taxa básica do país em 0,5 ponto percentual após quatro altas consecutivas de 0,75 p.p., as quais levaram os juros ao intervalo de 3,75%-4% ao ano.
Os especialistas estimam que a taxa tem que chegar ao nível de 5%-5,25% ao ano no início de 2023 para conseguir debelar a inflação. Qualquer indicação de Powell de que o ciclo de altas pode desacelerar mais ou acabar mais cedo tenderia a animar o mercado de ações nos EUA e em outros países do mundo, incluindo o Brasil. Se os juros param de subir, as aplicações em renda fixa ficam menos atrativas e os investidores precisam buscar alternativas tidas como mais arriscadas, como a renda variável, para ter melhores retornos.
Dados sobre o mercado de trabalho, o mercado imobiliário e a atividade econômica nos EUA que saem pela manhã também devem ajudar o mercado a calibrar suas expectativas sobre a inflação e os juros.
Agenda do dia
- 7h – Zona do Euro: Prévia do IPC (novembro)
- 9h – Brasil: Taxa de desemprego (outubro)
- 9h30 – Brasil: Dívida líquida/PIB (outubro)
- 10h15 – EUA: Variação de empregos privados da ADP (novembro)
- 10h30 – EUA: Prévia do PIB (3º trimestre)
- 12h – EUA: Vendas pendentes de moradias (outubro)
- 12h30 – EUA: Estoques de petróleo bruto
- 15h30 – EUA: Discurso de Jerome Powell, presidente do Fed
- 16h – EUA: Livro Bege
- 22h45 – China: PMI industrial da Caixin (novembro)
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