IF Hoje: Dados do mercado de trabalho podem reforçar otimismo sobre juros nos EUA

Expectativa dos analistas é de desaceleração na criação de vagas

Cury (CURY3), Direcional (DIRR3) e MRV (MRVE3): quem se saiu bem e mal na prévia do segundo trimestre? (Foto: Scott Blake/Unsplash)
Cury (CURY3), Direcional (DIRR3) e MRV (MRVE3): quem se saiu bem e mal na prévia do segundo trimestre? (Foto: Scott Blake/Unsplash)

Indicadores da temperatura do mercado de trabalho dos Estados Unidos que serão divulgados nesta sexta-feira (2) devem influenciar decisivamente na definição dos rumos da taxa de juros no país.

O chamado payroll, que traz um levantamento do número de postos de trabalho ocupados no setor privado, e a taxa de desemprego saem pela manhã. No payroll, a estimativa dos especialistas é de que a criação de vagas tenha caído de 261 mil em outubro para 200 mil em novembro. O desemprego deve ter ficado estável de um mês para outro em 3,7%.

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Diferentemente do Brasil, onde o Banco Central tem como missão “garantir a estabilidade do poder de compra da moeda, zelar por um sistema financeiro sólido, eficiente e competitivo, e fomentar o bem-estar econômico da sociedade”, nos EUA o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) tem um mandato mais específico de perseguir “o maior nível de emprego, preços estáveis, e taxas de juros de longo prazo moderadas”. Ou seja, na definição dos juros, é necessário buscar um equilíbrio com o desemprego. O comitê de política monetária do Fed se reúne nos dias 13 e 14 de dezembro para discutir a taxa básica, atualmente no intervalo 3,75%-4% ao ano.

O presidente do Fed, Jerome Powell, sinalizou em discurso no dia 30 de novembro que, depois de quatro aumentos consecutivos de 0,75 ponto percentual, a instituição deve tirar um pouco o pé do acelerador e optar por uma elevação de 0,5 p.p., levando os juros ao intervalo 4,25%-4,5% ao ano. Motivo? Preocupação com um desaquecimento excessivo da atividade econômica, que poderia levar a um aumento do desemprego.

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Então, se os indicadores confirmarem as expectativas e de fato mostrarem uma queda na geração de vagas pelo payroll, aumentam as chances de desaceleração no ritmo de elevação dos juros.

Como afeta os investimentos?

A perspectiva de desaceleração do aumento de juros nos EUA deve fazer com que os investidores voltem a considerar colocar ativos de risco em sua carteira, o que favorece as ações de empresas negociadas na Bolsa de Valores.

Agenda do dia

  • 9h – Brasil: Produção industrial (outubro)
  • 10h30 – EUA: Payroll e taxa de desemprego (novembro)
  • 12h15 – EUA: Discurso de Charles Evans, presidente do Fed de Chicago
  • 23h30 – Zona do Euro: Discurso de Christine Lagarde, presidente do BCE
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