IF Hoje: Dados do PIB vão mostrar efeitos do aumento de juros na economia brasileira
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) anuncia nesta quinta-feira (1º) os dados do PIB (Produto Interno Bruto) do terceiro trimestre, que vão permitir entender melhor os efeitos da alta de juros na economia do país.
De março de 2021 a agosto deste ano, o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) aumentou a taxa básica em 11,75% pontos percentuais, para 13,75% ao ano, nível em que permanece. O efeito dessa elevação costuma demorar um pouco para ser totalmente percebido na economia, então ainda não se sabe exatamente qual foi o tamanho da desaceleração da atividade obtido com o uso de tal ferramenta.
Para segurar a inflação, funcionou. De 12,13% no acumulado dos 12 meses até abril, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) recuou para 6,47% em outubro.
Mas a política monetária não pode ter esfriado demais a economia, o que negativo para todos os setores. A previsão dos especialistas é de que o PIB tenha crescido 3,7% no terceiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2021 (no segundo trimestre de 2022 contra o segundo de 2021, o crescimento foi de 3,2%) e 0,7% ante o segundo trimestre deste ano (o segundo cresceu 1,2% em relação ao primeiro trimestre deste ano).
Como afeta os investimentos?
A manutenção de um ritmo de crescimento decente sem estimular a inflação é uma boa notícia especialmente para as empresas que dependem do consumo interno, das varejistas às concessionárias de energia elétrica. Essas companhias podem ganhar fôlego na Bolsa de Valores se as expectativas mais otimistas s confirmarem.
Agenda do dia
- 6h – Zona do Euro: PMI industrial (novembro)
- 7h – Zona do Euro: Taxa de desemprego (outubro)
- 9h – Brasil: PIB (3º trimestre)
- 10h30 – EUA: Índice de preços PCE (outubro); gastos, renda e consumo pessoal (outubro)
- 11h30 – EUA: Discurso de Michelle Bowman, membro do comitê de política monetária do Fed
- 11h45 – EUA: PMI industrial (novembro)
- 23h40 – Zona do Euro: Discurso de Christine Lagarde, presidente do BCE
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