IPCA-15 fecha o ano em 10,42%; país abre 324 mil vagas formais em novembro

Apesar do saldo de contratações ser positivo em 2021, nos últimos dois meses o ritmo de abertura de vagas tem diminuído

Foto: Unsplash
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O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta quinta-feira (23) que o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), variou 0,78% em dezembro, uma desaceleração de 0,39 ponto percentual frente a taxa de novembro (1,17%). Com isso, a prévia da inflação oficial do país fechou 2021 em 10,42%, maior valor acumulado desde 2015 (10,71%).

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete apresentaram alta em dezembro, destacou o IBGE. Apenas saúde e cuidados pessoais (-0,73%) e educação (0,00%) não registraram aumento no mês. O maior impacto (0,50 p.p.) e a maior variação (2,31%) vieram mais uma vez dos transportes, que encerraram o ano com alta acumulada de 21,35%. Na sequência, vieram habitação (0,90%) e alimentação e bebidas (0,35%), que contribuíram com 0,15 p.p. e 0,07 p.p., respectivamente. Os demais grupos ficaram entre o 0,15% de comunicação e o 1,19% de artigos de residência.

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Outro indicador importante divulgado nesta quinta foi o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). O Ministério do Trabalho e Previdência informou que o Brasil gerou 324.112 empregos com carteira assinada em novembro – resultado do saldo de 1.755.694 contratações e 1.448.654 demissões. No acumulado do ano, conforme a pasta, foram criadas 2,992 milhões de vagas formais.

Por que importa?

O nível de desemprego é um dos sinais mais observados nas economias. No Brasil, ele segue elevado há anos. Apesar do saldo de contratações ser positivo em 2021, nos últimos dois meses o ritmo de abertura de vagas tem diminuído. Os dados de novembro podem atestar se o ciclo de recuperação do mercado de trabalho já se encerrou e qual deve ser a tônica de 2022. A inflação é outra peça-chave acompanhada de perto por economistas e influencia na decisão da taxa Selic.

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Como afeta os investimentos?

Uma recuperação mais consistente do mercado de trabalho e sinais firmes de desaceleração da inflação podem fazer com que as ações brasileiras e o real se valorizem.

Fique por dentro:

Desemprego recorde

O desemprego de longo prazo no Brasil bateu recorde no terceiro trimestre deste ano. Cerca de 30% de 13,5 milhões de desempregados buscam colocação há mais de dois anos. Este é o maior porcentual da série histórica do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) iniciada em 2012.

Debandada da Receita

O reajuste para policiais federais previsto no Orçamento de 2022 gerou desconforto entre funcionários públicos, já que o presidente Jair Bolsonaro falava em um aumento para todas as categorias.

Na Receita Federal, cerca de 500 entregaram cargos de chefia em protesto de acordo com o jornal Folha de S.Paulo. Eles seguem empregados, há que são concursados, mas deixam os cargos comissionados.

Dívida pública

A Dívida Pública Federal cresceu 2,34% em termos nominais (sem correção inflacionária) de outubro para novembro, totalizando R$ 5,499 trilhões. Considerando os números revisados do Plano Anual de Financiamento, a dívida está abaixo dos novos limites, que variam entre R$ 5,5 trilhões e R$ 5,8 trilhões no ano.

Para acompanhar hoje:

10h30: pedidos semanais de seguro-desemprego nos EUA

10h30: inflação americana (PCE) em novembro

12h: vendas de casas novas nos EUA em novembro

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.


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