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IF Hoje: Mercado monitora nesta terça os números do CPI, a inflação dos Estados Unidos
A notícia econômica desta terça-feira (13) vem novamente dos Estados Unidos (EUA) e se refere à dinâmica dos preços ao consumidor, medida pelo CPI (Consumer Price Index). O índice, divulgado pelo Bureau of Labor Statistics, mede a evolução dos preços de bens e serviços. Em sua última medida, o CPI avançou 0,4% em abril na comparação com o mês anterior e registrou alta de 4,9% no acumulado de 12 meses.
O dado anualizado ainda é bem acima do centro da meta de 2% do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). O CPI é relevante para que os formuladores da política monetária do Fed definam se, afinal, sobem ou mantém inalterada a taxa de juros dos EUA, atualmente no intervalo entre 5% e 5,25% ao ano.
O mercado prevê uma desaceleração do CPI, que deve vir em torno de 4% em maio na comparação com o ano anterior. Isso ficaria bem abaixo do pico recente de 9,1% em junho passado e abaixo do aumento de 4,9% em abril. Caso a expectativa se confirme, há mais elementos econômicos para acreditar na manutenção dos juros pelo Fed.
O mercado espera que o banco central dos EUA mantenha a taxa de juros na reunião desta semana, com os investidores precificando uma chance de aproximadamente 72% de que não haverá aumento, de acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group. O Fed subiu os juros por 10 vezes consecutivas desde o início deste último ciclo de aperto de políticas, em março de 2022.
Sobre a inflação americana
O CPI será divulgado daqui a pouco, às 9h30. Entre os analistas há uma expectativa de que ele avance 0,2% ante abril, mês em que o CPI havia crescido 0,4% na comparação mensal. Assim, a inflação de 12 meses nos EUA deve ficar em 4%, abaixo do aumento de 4,9% medido em abril.
Isso, se confirmando, aliviaria os mercados e, na opinião de especialistas, poderia garantir uma pausa na política contracionista do FOMC, o comitê de política monetária do FED, já amanhã, às 15h.
Raone Costa, economista-chefe da gestora Alphatree Capital, lembra que, neste momento, 80% das apostas do mercado estão na manutenção dos juros americanos. Mas existem 20% que esperam por mais uma alta de 25 pontos base (0,25%).
“Se o CPI vier perto de 0,4% por mês, ainda é um padrão agressivo de inflação anualizado, dará mais que 4%, perto de 5% ao ano. E a meta do FED é de 2%. Ou seja, se vier acima de 0,4%, eu acho que haverá uma boa chance de o FED subir 25 pontos base nessa reunião”, diz.
Enzo Pacheco, analista da Empiricus, lembra o que estará em jogo a partir das 9h30. “Hoje é um dia que promete fortes emoções”, diz, comentando que a taxa de juros dos Estados Unidos pode ser um motor ou pode ser um freio para as economias de todo o mundo.
“Se a gente for lembrar esse aumento de juros dos Estados, quando saiu do 0 para o 5%, foi o que ocasionou aqueles episódios lá dos bancos, do Silicon Valley e do Signature”, lembra. “Então, ainda há um receio de que novos aumentos possam gerar problemas no mercado como um todo”, diz.
Bolsa em alta, dólar em queda
Na véspera, o Ibovespa engatou sua sétima alta seguida, sustentando o patamar acima dos 117 mil pontos, alcançado na última sexta. No fechamento, o índice registrou valorização de 0,27%, a 117.462 pontos.
O índice, que fechou a semana anterior com alta vigorosa, de 4%, no acumulado, estabeleceu nova alta depois de um início de pregão vacilante, alternando entre os campos negativo e positivo. Já são sete altas consecutivas.
A nova alta vem no bojo da publicação do boletim Focus que projetou menor patamar para a inflação em 2023, 2024 e 2025.
O dólar também engatou seu sétimo pregão seguido de queda. A moeda norte-americana caiu 0,20%, cotada a R$ 4,86. O dólar chegou a operar por um período no campo positivo, subindo a R$ 4,88, mas devolveu os ganhos.
Na sexta, o dólar havia registrado seu menor patamar em mais de um ano, renovando o recorde na sessão desta segunda.
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