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IF Hoje: No mercado, é dia de reavaliar expectativas sobre inflação e juros
A quinta-feira (13) foi de reações exageradas no mercado financeiro, típicas de momentos em que os investidores agem irracionalmente.
À divulgação de uma inflação maior do que a esperada para setembro nos Estados Unidos, seguiu-se uma forte queda das Bolsas de Valores devido ao medo de que o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) acelere a elevação dos juros para domar os preços. Em setembro, a autoridade monetária elevou sua taxa básica pela terceira vez seguida em 0,75 ponto percentual, para o intervalo 3%-3,25% ao ano,
No meio do dia, a visão do copo cheio venceu o pessimismo: se a inflação subiu mais um pouco, deve estar perto do pico, e logo começa a cair. Então, as Bolsas dispararam.
Nesta sexta (14), dados macroeconômicos vão ajudar o mercado a fazer uma avaliação mais fria das perspectivas para os juros.
O crescimento das vendas no varejo dos EUA deve ter desacelerado levemente em setembro, segundo as projeções dos analistas, para 0,2% ante agosto. Em agosto, houve alta de 0,3% na comparação com junho. Esse arrefecimento, se confirmado, pode reforçar a aposta de que o ciclo de alta da inflação está no fim.
No Brasil, também é dia de ajustar as expectativas sobre os juros usando dados da atividade econômica. O Banco Central vai divulgar o IBC-Br, um indicador que é visto como proxy do PIB (Produto Interno Bruto), e o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística informará como foi o desempenho do setor de serviços em agosto. Para o primeiro, a previsão é de que fique em 0,3%, com uma forte desaceleração em relação a julho, quando estava em 1,17%. Para o segundo, a projeção é de elevação de 0,2% na comparação mensal, também muito menos do que a leitura anterior, de 1,1%.
A situação brasileira está um tanto diferente da americana. Em setembro, o BC parou de elevar a taxa Selic, que agora está em 13,75% ao ano. O enfraquecimento da economia, especialmente no setor de serviços, que foi o último a se recuperar da pandemia de Covid-19, favorece a visão de que não haverá novos aumentos e permite prever que o banco voltará a cortar a taxa mais cedo do que no segundo semestre de 2023, como a maioria dos especialistas tem projetado.
Agenda do dia
- 0h – China: Balança comercial (setembro)
- 6h – Zona do Euro: Balança comercial (agosto)
- 9h – Brasil: IBC-Br (agosto)
- 9h – Brasil: Crescimento do setor de serviços (agosto)
- 9h30 – EUA: Vendas no varejo (setembro)
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