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IGP-10 cai 0,90% em setembro e acumula alta de 7,45% em 2022
O IGP-10 (Índice Geral de Preços – 10), calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), registrou deflação de 0,90% em setembro. É o segundo mês seguido de queda do índice, que em agosto teve correção negativa de 0,69%. Com a divulgação de setembro, o IGP-10 acumula alta de 7,45% no ano e de 8,24% em 12 meses.
Em setembro de 2021, o índice no mês registrou deflação de 0,37%, enquanto acumulava alta de 26,84% em 12 meses.
O IGP-10 é um índice que mede a pressão inflacionária e a evolução dos preços dos produtos e serviços mais relevantes praticados por produtor, consumidor e construção civil. É uma métrica diferente da calculada pelo IPCA — mesmo que ambos meçam a inflação, este considera apenas o preço para o consumidor final.
Preço do combustível
“Os combustíveis continuam contribuindo para o arrefecimento das pressões inflacionárias no âmbito do produtor e do consumidor”, afirma André Braz, coordenador dos índices de preços, em comentário no relatório da FGV-Ibre. “No IPA, a taxa de variação do Diesel passou de 2,28% para -6,70%, sendo a principal influência negativa. No IPC, a taxa de variação da gasolina caiu menos (de -16,88% para -9,66%), mas manteve-se como maior influência negativa.”
Com peso de 60% sobre o cálculo do IGP-10, o IPA-10 (Índice de Preços ao Produtor Amplo – 10) deflacionou 1,18% em setembro. No mês anterior, o índice havia registrado uma retração de 0,65%.
Na análise por estágios de processamento da cadeia produtiva, os preços dos Bens Finais, aqueles vendidos ao consumidor final, também registraram deflação de 0,27% em agosto para 0,52% em setembro.
A principal contribuição para queda partiu do subgrupo combustíveis para o consumo. O índice relativo a Bens Finais, que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis, variou 0,18% em setembro.
Commodities
O índice do grupo Matérias-Primas Brutas registrou alta de agosto para setembro, deixando o patamar de -1,90% em agosto para -1,17% em setembro. No grupo de commodities, as principais contribuições para o resultado são oriundas dos seguintes itens: minério de ferro, milho em grão e algodão em caroço.
As quedas mais bruscas e relevantes de matérias primas ocorreram no leite in natura, bovinos e cana-de-açúcar.
IPC-10
Com peso de 30% sobre o cálculo do IGP-10, o Índice de Preços ao Consumidor – 10 (IPC-10) teve queda de 0,14% em setembro. No mês anterior, a retração foi ainda maior, de 1,56%.
De oito classes de despesa usadas para calcular o IPC-10, cinco tiveram alta nos preços: Educação, Leitura e Recreação, Transportes, Habitação, Saúde e Cuidados Pessoais e Vestuário.
O relatório da FGV-Ibre aponta que as principais contribuições para esse encarecimento dos setores do IPC-10 partiram do aumento do preço nas passagens aéreas, gasolina, tarifa de eletricidade residencial, artigos de higiene e cuidado pessoal e roupas.
Na contramão dos cinco despesas que subiram no IPC-10, os grupos de Alimentação, Comunicação e Despesas Diversas apresentaram diminuição em suas taxas de variação provocada pela queda nos preços de laticínios, combo de telefonia, internet e TV por assinatura e cigarros.
Com os 10% restantes do IGP-10, o Índice Nacional de Custo da Construção – 10 (INCC-10) teve correção negativa de 0,02% em setembro, revertendo a alta do mês anterior de 0,74%.
Os três grupos que compõem o INCC, Materiais e Equipamentos, Serviços e Mão de Obra, registraram queda para o mês de setembro.
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