IGP-M desacelera para 10,70% em 12 meses, menor patamar desde julho de 2020

Índice subiu 0,59% em junho, aponta FGV

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) variou 0,59% em junho, ante 0,52% no mês anterior. Em junho de 2021, o índice havia subido 0,60% e acumulava alta de 35,75% em 12 meses. O resultado ficou abaixo da mediana das 22 coletas feitas pelo Valor Data, de 0,72%. O intervalo das projeções variava de 0,50% a 0,97%.

Com este resultado o índice acumula alta de 8,16% no ano e de 10,70% em 12 meses. Esta última também ficou abaixo do ponto médio das projeções colhidas pelo Valor Data, que apontava 10,85%.

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Coordenador dos Índices de Preços do Ibre, André Braz destaca as variações ao produtor amplo do Óleo Diesel, de 3,29% para 6,96%, do leite in natura, de 7,47% para 4,40%, e de automóveis, de 0,57% para 2,31%. “Mesmo com tais pressões, a taxa em 12 meses do índice ao produtor seguiu em desaceleração, alcançando o seu menor patamar desde julho de 2020, quando acumulava alta de 9,27%”, ressalta.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou 0,30% em junho, ante 0,45% em maio. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais variou 0,58% em junho, de 0,51% em maio. A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 1,40% para 0,85% na mesma comparação. Já a do estágio das Matérias-Primas Brutas caiu 0,52% em junho, ante queda de 0,58% em maio.

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Neste último, Contribuíram para a taxa menos negativa os seguintes itens: minério de ferro (-4,71% para -0,32%), milho em grão (-3,62% para -1,21%) e mandioca (-7,72% para -4,24%). Em sentido oposto, destacam-se os itens soja em grão (1,67% para -0,80%), cana-de-açúcar (3,81% para -0,09%) e suínos (9,70% para -6,26%).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,71% em junho, ante 0,35% em maio. Duas das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação. A principal contribuição partiu do grupo Habitação, de -2,57% para 0,65%, com destaque para a tarifa de eletricidade residencial, que passou de -13,71% em maio para -0,34% em junho. Também apresentou acréscimo em sua taxa de variação o grupo Vestuário (1,20% para 1,52%).

Na outra ponta, apresentaram queda os grupos Transportes (1,20% para 0,09%), Saúde e Cuidados Pessoais (1,00% para 0,64%), Educação, Leitura e Recreação (3,17% para 2,63%), Alimentação (0,87% para 0,74%), Despesas Diversas (0,62% para 0,33%) e Comunicação (-0,23% para -0,49%).

Nesses grupos, destaque para as variações negativas do etanol (8,14% para -6,25%), medicamentos em geral (2,84% para 0,89%), passagem aérea (18,39% para 13,40%), hortaliças e legumes (-2,26% para -8,39%), serviços bancários (1,02% para 0,25%) e combo de telefonia, internet e TV por assinatura (-0,36% para -1,22%).

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 2,81% em junho, ante 1,49% em maio. Dos três componentes do INCC, dois subiram no mês: Materiais e Equipamentos (1,67% para 1,58%), Serviços (0,92% para 0,50%). Já Mão de Obra saltou de 1,43% para 4,37%.

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