IGP-M dispara 1,06% em fevereiro, acumulando alta de 8,44% em 12 meses

O IGP-M registrou alta de 1,06% em fevereiro, superando as expectativas do mercado e acumulando 8,44% em 12 meses. A alta foi impulsionada por preços de ovos, café, gasolina e energia elétrica.

Foto: Valor Econômico
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A inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) acelerou de janeiro para fevereiro, passando de 0,27% para 1,06%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre). Com esse resultado, o índice acumula alta de 1,33% no ano e de 8,44% nos últimos 12 meses. Em fevereiro de 2024, o IGP-M registrou queda de 0,52%, acumulando uma redução de 3,76% em 12 meses.

O dado de fevereiro superou a mediana das projeções colhidas pelo Valor Data, de aumento de 1%, mas ficou dentro do intervalo das expectativas, de alta entre 0,34% e 1,16%.

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“No IPA, ovos e café se destacaram, impulsionados pela forte elevação das temperaturas, que reduziu a produtividade e limitou a oferta. No caso dos ovos, a proximidade da Quaresma intensificou a pressão sobre a já restrita disponibilidade do produto. Nos preços ao consumidor, gasolina e tarifas de energia elétrica tiveram impacto significativo, refletindo o reajuste do ICMS e a retirada do bônus de Itaipu. Por fim, o INCC desacelerou, influenciado pela variação mais moderada dos custos de mão de obra”, afirmou Matheus Dias, economista do FGV IBRE, em nota.

Com peso de 60%, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M) avançou 1,17% em fevereiro, de 0,24% em janeiro. O grupo de Bens Finais retrocedeu para 0,42% em fevereiro, após registrar alta de 0,79% em janeiro. Seguindo esse comportamento, o índice correspondente a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos de alimentos in natura e combustíveis para consumo, passou de 0,71% em janeiro para 0,11% em fevereiro. A taxa do grupo Bens Intermediários subiu 1,01% em fevereiro, embora inferior à do mês anterior, quando registrou taxa de 1,26%. O índice de Bens Intermediários (ex) (excluindo o subgrupo de combustíveis e lubrificantes para a produção) subiu 0,71% em fevereiro, alta inferior a apurada em janeiro, que foi de 1,20%. O estágio das Matérias-Primas Brutas inverteu o comportamento de sua taxa, registrando alta de 1,75% em fevereiro, após cair 0,75% em janeiro.

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Com peso de 30% no IGP-M, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) registrou taxa de 0,91%, ante elevação de 0,14% em janeiro. Entre as oito classes de despesa que compõem o índice, cinco apresentaram avanços nas suas taxas de variação: Habitação (-1,65% para 1,49%), Transportes (0,44% para 1,46%), Despesas Diversas (0,29% para 0,81%) e Educação, Leitura e Recreação (0,15% para 0,29%), Comunicação (-0,03% para 0,02%). Em contrapartida, os grupos Alimentação (1,31% para 0,89%), Vestuário (0,63% para -0,28%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,57% para 0,42%) exibiram recuo em suas taxas de variação.

Por fim, com os 10% restantes do IGP-M, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) desacelerou para 0,51% em fevereiro, de 0,71% em janeiro.

Analisando os três grupos constituintes do INCC, o grupo Materiais e Equipamentos repetiu a taxa do mês anterior, de 0,43%; Serviços avançou de 0,41% para 0,68%; e Mão de Obra recuou de 1,13% para 0,59%.

*Com informações do Valor Econômico

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