IGP-M muda de direção e tem queda de 0,06% em fevereiro

Expectativa dos agentes financeiros, segundo o Valor Data, era de alta de 0,08% no mês

Foto: Brenno Carvalho/Agência O Globo
Foto: Brenno Carvalho/Agência O Globo

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou deflação de 0,06% em fevereiro, após alta de 0,21% no mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).

A variação ficou no sentido contrário da mediana das estimativas de 22 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data, que era de uma alta de 0,08%, com intervalo das projeções indo de queda de 0,15% a avanço de 0,52%.

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O índice acumula alta de 0,15% no ano e de 1,86% em 12 meses. Em fevereiro de 2022, o índice variara 1,83% e acumulava alta de 16,12% em 12 meses.

“O recuo dos preços de grandes commodities – com destaque para soja (de -0,92% para -3,68%) e bovinos (de 0,65% para -2,74%) – sustenta o IPA em queda e contribui para um novo recuo da taxa em 12 meses, que passou de 3,00% para 0,42%, o menor patamar desde março de 2018, quando caíra 1,22%. A inflação ao consumidor também cedeu diante da contribuição menos intensa do grupo Educação, Leitura e Recreação, cuja variação média desacelerou de 2,04% para 0,46%. Por fim, o INCC também registrou inflação mais baixa, influenciado pelo comportamento da mão-de-obra (de 0,77% para 0,10%), que registrou alta discreta em comparação ao mês anterior”, afirma André Braz, coordenador dos índices de preços, em comentário no relatório.

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Com peso de 60%, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M) caiu 0,20% em fevereiro, após avançar 0,10% um mês antes. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais subiu 0,29% em fevereiro. No mês anterior, a taxa do grupo havia caído 0,05%.

A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo combustíveis para o consumo, cuja taxa deixou baixa de 4,38% para elevação de 4,07%, no mesmo período. O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, caiu 0,17% em fevereiro, após alta de 0,10% no mês anterior.

A taxa do grupo Bens Intermediários deixou decréscimo de 1,06% em janeiro para redução de 0,98% um mês depois. O principal responsável por este movimento foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cujo percentual foi de recuo de 5,05% para baixa de 3,07%.

Matérias-Primas Brutas aumentaram 0,20% em fevereiro, após incremento de 1,55% em janeiro. Contribuíram para alta menos intensa do grupo os seguintes itens: minério de ferro (9,26% para 3,50%), soja em grão (-0,92% para -3,68%) e bovinos (0,65% para -2,74%).

Em sentido oposto, destacam-se os seguintes itens: leite in natura (0,22% para 3,53%), café em grão (2,12% para 7,93%) e cana-de-açúcar (-0,60% para 0,88%).

Com peso de 30%, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) variou 0,38% em fevereiro, após alta de 0,61% em janeiro. Cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação. A principal contribuição partiu do grupo Educação, Leitura e Recreação (2,04% para 0,46%). Nesta classe de despesa, vale citar o comportamento do item passagem aérea, cuja taxa foi de redução de 0,21% em janeiro para diminuição de 4,08% em fevereiro.

Também apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos Alimentação (0,61% para -0,01%), Transportes (0,60% para 0,19%), Vestuário (0,25% para 0,09%) e Comunicação (0,79% para 0,77%). Nestas classes de despesa, vale mencionar os seguintes itens: hortaliças e legumes (2,10% para -6,63%), gasolina (0,72% para -1,00%), roupas (0,24% para 0,11%) e tarifa de telefone móvel (0,27% para -0,31%).

Em contrapartida, os grupos Despesas Diversas (0,26% para 1,69%), Habitação (0,09% para 0,37%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,56% para 0,73%) registraram acréscimo em suas taxas de variação.

Essas classes de despesa foram influenciadas pelos seguintes itens: serviços bancários (0,15% para 2,61%), aluguel residencial (-0,74% para 1,03%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (0,32% para 0,82%).

Com os 10% restantes, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) variou 0,21% em fevereiro, ante 0,32% em janeiro. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de janeiro para fevereiro: Materiais e Equipamentos (-0,26% para 0,16%), Serviços (0,53% para 1,10%) e Mão de Obra (0,77% para 0,10%).

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