IGP-M tem queda de 0,97% em outubro e avança 6,52% em 12 meses
A queda de preços foi maior do que a projetada pela mediana das estimativas de 27 consultorias e instituições financeiras
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou deflação de 0,97% em outubro, após queda de 0,95% em setembro, informou o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).
A queda de preços foi maior do que a projetada pela mediana das estimativas de 27 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data, de baixa de 0,81%, com intervalo das projeções indo de recuo de 1,02% a decréscimo de 0,30%.
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Com esse resultado, o índice acumula alta de 5,58% no ano e de 6,52% em 12 meses. Em outubro de 2021, o índice havia subido 0,64% e acumulava alta de 21,73% em 12 meses.
“Combustíveis fósseis e leite explicam a nova queda registrada pela taxa do IGP-M. No âmbito do produtor, os destaques foram óleo diesel (de -4,82% para -5,67%) e leite in natura (de -6,72% para -7,56%). Já no IPC, os destaques partiram de quedas menos intensas nos preços da gasolina (-3,74%) e do leite tipo longa vida (-8,26%)”, afirma André Braz, coordenador dos índices de preços do FGV Ibre, em comentário no relatório.
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Com peso de 60%, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M) caiu 1,44% em outubro, após recuo de 1,27% em setembro. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais variou 0,03% em outubro. No mês anterior, a taxa do grupo havia sido negativa em 0,39%.
A principal contribuição para esse resultado partiu do subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de 2,35% para 6,12%, no mesmo período.
A taxa do grupo Bens Intermediários passou de baixa de 1,47% em setembro para redução de 2,17% em outubro. O principal responsável por este movimento foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cujo percentual foi de queda de 0,36% para diminuição de 1,36%.
O estágio das Matérias-Primas Brutas caiu 1,96% em outubro, após declínio de 1,84% em setembro. Contribuíram para intensificar a taxa negativa do grupo os seguintes itens: algodão em caroço (3,95% para -11,02%), aves (-0,72% para -4,58%) e cana-de-açúcar (-0,72% para -2,55%). Em sentido oposto, destacam-se os itens minério de ferro (-4,81% para -1,52%), bovinos (-4,06% para -2,61%) e soja em grão (-1,11% para -0,66%).
Com peso de 30%, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) subiu 0,50% em outubro, após decréscimo de 0,08% em setembro. Das oito classes de despesa componentes, a principal contribuição partiu do grupo Transportes (-2,93% para -0,96%). Nessa classe de despesa, vale citar o comportamento do item gasolina, cuja taxa passou de redução de 9,46% em setembro para baixa de 3,74% em outubro.
Alimentação mudou de rumo (-0,34% para 0,57%), enquanto subiram mais Habitação (0,21% para 0,63%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,72% para 0,80%), Despesas Diversas (0,08% para 0,22%) e Vestuário (0,57% para 0,67%). Nessas classes de despesa, destaque para: hortaliças e legumes (-0,63% para 6,75%), taxa de água e esgoto residencial (-0,02% para 2,65%), artigos de higiene e cuidado pessoal (1,24% para 1,37%), alimentos para animais domésticos (-0,33% para 1,35%) e roupas (0,44% para 0,84%).
Em contrapartida, Educação, Leitura e Recreação abrandaram o ritmo de alta (4,47% para 3,15%) e Comunicação caiu mais (-0,54% para -1,03%), sob influência dos itens passagem aérea (27,61% para 16,07%) e combo de telefonia, internet e TV por assinatura (-0,56% para -2,45%).
Com os 10% restantes, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) variou 0,04% em outubro, ante 0,10% em setembro. Os três grupos componentes do INCC-M registraram as seguintes variações na passagem de setembro para outubro: Materiais e Equipamentos (-0,14% para -0,32%), Mão de Obra (0,26% para 0,31%), e Serviços, repetiu a taxa do mês anterior, de 0,34%.