Indicador antecedente de emprego recua em março para menor nível desde agosto de 2020
A melhora do mercado nos próximos meses depende de uma recuperação mais forte da atividade econômica
O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp), calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), ficou relativamente estável em março ao ceder 0,1 ponto, para 75,0 pontos, menor nível desde agosto de 2020 (74,8 pontos). Em médias móveis trimestrais, o IAEmp caiu 2,3 pontos, para 75,5 pontos.
“Após cair por quatro meses consecutivos, o IAEmp acomodou em março. O resultado ainda mantém o indicador em um patamar baixo, e foi influenciado pela evolução favorável nas expectativas do setor de serviços com a melhora do quadro da pandemia. A recuperação do mercado de trabalho nos próximos meses depende de uma recuperação mais forte da atividade econômica, mas o elevado nível de incerteza continua sendo um fator de risco”, afirma Rodolpho Tobler, economista do FGV Ibre, em comentário no relatório.
Em março, quatro dos sete componentes do IAEmp contribuíram negativamente para o resultado. Os principais destaques negativos foram o indicador de Tendência dos Negócios nos próximos seis meses da Indústria, que contribuiu com queda de 0,6 ponto, e o indicador de Emprego Local Futuro do Consumidor, que cedeu 0,4 ponto.
Por outro lado, o indicador de Situação Atual dos Negócios de Serviços, contribuiu favoravelmente com 1,0 ponto, mas insuficiente para reverter sinal negativo do IAEmp.
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