China divulga indicadores importantes e PIB surpreende positivamente

Crescimento da atividade econômica foi maior que o esperado por analistas que acompanham o país

Vista de Xangai, um dos principais centros comerciais e financeiros da China - Foto: Pexels
Vista de Xangai, um dos principais centros comerciais e financeiros da China - Foto: Pexels

A China anunciou uma série de indicadores no início desta segunda-feira (24). O mais importante deles mostrou que a economia do país cresceu 3,9% no terceiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano anterior, acelerando em relação à expansão de 0,4%, em bases anuais, registrada no segundo trimestre.

O resultado ficou acima do crescimento econômico de 3,5% esperado por economistas consultados pelo “The Wall Street Journal”.

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O Produto Interno Bruto (PIB) subiu 3,9% no período julho-setembro em comparação com o período abril-junho, melhorando em relação à contração de 2,6% registrada no segundo trimestre, informou o Departamento Nacional de Estatísticas da China nesta segunda-feira.

Nos primeiros nove meses do ano, o PIB da China cresceu 3,0% em relação a igual período do ano anterior, bem abaixo da meta de crescimento anual de 5,5% estabelecida pelo governo.

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Produção industrial

A produção industrial e o investimento da China cresceram em ritmo mais rápido em setembro, graças a políticas governamentais de apoio, mas o consumo continuou sendo contido pelas restrições da covid-19.

As vendas no varejo subiram 2,5% em relação ao ano anterior em setembro, abaixo do aumento de 5,4% em agosto. O resultado ficou abaixo do crescimento de 2,7% esperado pelos economistas consultados pelo “The Wall Street Journal”.

A produção industrial cresceu 6,3% em relação ao ano anterior em setembro, ante alta de 4,2% em agosto e o crescimento de 5,0% previsto pelos economistas pesquisados.

O investimento em ativos fixos urbanos subiu 5,9% no período janeiro-setembro em relação ao mesmo período do ano anterior, ante um aumento de 5,8% nos primeiros oito meses do ano. Economistas na pesquisa do WSJ esperavam um crescimento do investimento em 6,0%.

A taxa de desemprego urbano pesquisado da China subiu para 5,5% em setembro, em comparação com 5,3% em agosto. A taxa de desemprego dos jovens trabalhadores dos 16 aos 24 anos situou-se em 17,9%, face a 18,7% em agosto.

Vendas e preços de casas

As vendas de moradias na China reduziram seu declínio na comparação anual no período de janeiro a setembro, em comparação com os primeiros oito meses do ano, à medida que os governos locais lançaram medidas para estimular a compra de moradias.

As vendas de casas em valor caíram 28,6% nos três primeiros trimestres, em comparação com uma queda de 30,3% ano a ano registrada no período de janeiro a agosto.

O investimento imobiliário caiu 8,0% nos primeiros nove meses, piorando de uma queda de 7,4% no período janeiro-agosto.

Novas obras iniciadas por incorporadoras no país recuaram 38,0% no período janeiro-setembro, ante queda de 37,2% nos primeiros oito meses do ano.

Já os preços das casas novas na China sofreram seu declínio mais acentuado em mais de sete anos em setembro, apesar de o governo ter lançado mais políticas para impulsionar o setor imobiliário em apuros e estimular a demanda de compradores de casas.

Os preços médios das casas novas em 70 grandes cidades em setembro caíram 2,30% em relação ao ano anterior, após uma queda de 2,10% em agosto, segundo cálculos do “Wall Street Journal” com base em dados divulgados nesta segunda-feira pelo Departamento Nacional de Estatísticas da China.

Menos cidades chinesas relataram crescimento do que há um ano. Os preços das casas novas subiram em 20 de 70 cidades no mês passado, contra 21 cidades em agosto.

Em comparação com o mês anterior, os preços médios das casas novas caíram pelo 13º mês consecutivo. Os preços caíram 0,28% em setembro, menor que o declínio de 0,29% em agosto, disse o departamento de estatísticas.

Menos cidades relataram crescimento em relação ao mês anterior. Quinze das 70 cidades registraram um aumento mensal nos preços das casas em setembro, abaixo das 19 cidades em agosto.

Exportações

O crescimento das exportações da China desacelerou ainda mais em setembro, com o enfraquecimento da demanda global continuando a pesar sobre um pilar fundamental da segunda maior economia do mundo.

As exportações subiram 5,7% em relação ao ano anterior em setembro, enfraquecendo após um aumento de 7,1% em agosto, disse a Administração Geral das Alfândegas nesta segunda-feira. O resultado, no entanto, foi melhor que o crescimento de 4% apontado por uma pesquisa de economistas do WSJ.

As importações da China em setembro aumentaram apenas 0,3% em relação ao ano anterior, a par do crescimento de agosto, mas abaixo do crescimento de 1,0% previsto pela pesquisa de economistas.

A China registrou um superávit comercial de US$ 84,74 bilhões em setembro.

Nos primeiros nove meses, as exportações da China cresceram 12,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, em comparação com um aumento de 13,5% no período de janeiro a agosto, informou a alfândega.

As importações aumentaram 4,1% no ano no período janeiro-setembro, em comparação com o crescimento de 4,6% no período janeiro-agosto e o crescimento de 1,0% apontado pela pesquisa do “The Wall Street Journal”.

Isso colocou o superávit comercial da China nos primeiros nove meses do ano em US$ 645,2 bilhões.

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