Indicadores mostram recuperação da União Europeia, mas Reino Unido patina
A terça-feira foi marcada pela divulgação de uma série de indicadores econômicos da Europa, com a publicação dos índices gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da zona do euro, Alemanha, França e Reino Unido. Os resultados mostraram que enquanto a zona do euro dá sinais de recuperação, o Reino Unido não segue o […]
A terça-feira foi marcada pela divulgação de uma série de indicadores econômicos da Europa, com a publicação dos índices gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da zona do euro, Alemanha, França e Reino Unido.
Os resultados mostraram que enquanto a zona do euro dá sinais de recuperação, o Reino Unido não segue o restante do continente ao ter registrado o nível mais baixo do PMI composto em dois anos.
Receba no seu e-mail a Calculadora de Aposentadoria 1-3-6-9® e descubra quanto você precisa juntar para se aposentar sem depender do INSS
O PMI composto do Reino Unido, que reúne dados do setor industrial e também de serviços, recuou para 47,8 na leitura preliminar do mês de janeiro, de 49,0 em dezembro.
Quando o indicador fica acima de 50 pontos indica que há expansão na atividade, caso contrário, retração.
Últimas em Economia
“Números do PMI mais fracos do que o esperado em janeiro aumentaram o risco de o Reino Unido entrar em recessão. Disputas industriais, escassez de pessoal, perdas nas exportações, aumento do custo de vida e taxas de juros mais altas significaram que a taxa de declínio econômico acelerou novamente no início do ano”, aponta Chris Williamson, economista da S&P Global Market Intelligence.
Os países da União Europeia (UE) receberam boas notícias nesta terça-feira, já que os indicadores individuais da zona do euro e os dados dos países mostraram a resiliência da economia do continente e uma tendência a ter um 2023 melhor que o esperado.
“Os PMIs indicaram melhora [da situação econômica] no início de 2023, que combinada a outros dados de pesquisas recentes, sugerem que o otimismo está começando a se recuperar na zona do euro”, disse Rory Fennessy, economista para a Europa da Oxford Economics.
A melhora pôde ser vista no PMI da zona do euro, que voltou a atingir patamar de expansão após sete meses em terreno de retração ao fechar janeiro em 50,2, uma alta em relação a dezembro, quando o PMI foi de 49,3.
A melhora pode ser explicada pela diminuição dos temores em relação ao fornecimento e preço da energia, que vem abaixando desde outubro no continente, além da reabertura da China, que indica melhora nas cadeias de produção e traz sinais de recuperação das expectativas
O retorno de expectativas positivas também são explicados pelos indicadores de França e Alemanha.
A confiança do consumidor na Alemanha subiu pelo quarto mês consecutivo, impulsionada por melhores expectativas para a economia e finanças pessoais por conta dos preços de energia mais baixos e menor preocupação com uma possível recessão.
O índice de sentimento do consumidor da Alemanha deve subir para -33,9 em fevereiro, de -37,6 em janeiro, nível mais alto do indicador desde agosto, segundo os dados do grupo de pesquisa de mercado GfK informou hoje.
O PMI alemão também melhorou em janeiro ao se aproximar do terreno de expansão ao registrar 49,7 na leitura preliminar do mês de janeiro, de 49,0 em dezembro.
“O PMI de janeiro mostrou que a atividade econômica da Alemanha está em uma base mais estável no início do ano, dando suporte a noção de que uma recessão na maior economia da zona do euro não é uma certeza”, aponta Phil Smith, diretor do S&P Global Market Intelligence.
Se a Alemanha e a zona do euro registraram melhora, a França sofreu leve queda em seu PMI, mas continua próximo do terreno de expansão.
O PMI francês recuou para 49,0 na leitura preliminar do mês de janeiro, de 49,1 em dezembro. Segundo a Oxford Economics, a leve baixa aconteceu devido a uma queda mais acentuada no setor de serviços.
“Embora os últimos resultados do PMI para a França mostrem uma queda na economia pelo terceiro mês consecutivo, a queda na atividade voltou a ser bastante contida e menor do que muitos esperavam antes deste inverno”, aponta Joe Hayes, economista da S&P Global Market Intelligence.