Inflação em março na Argentina é maior que a taxa acumulada em 12 meses no Brasil

Índice dos vizinhos subiu 7,7% no mês e chegou a 104,3% em um ano

Enquanto os turistas fazem a festa, os argentinos vivem uma realidade muito diferente -  Foto: Agustin Marcarian/Reuters
Enquanto os turistas fazem a festa, os argentinos vivem uma realidade muito diferente - Foto: Agustin Marcarian/Reuters

A inflação da Argentina atingiu o patamar de 104,3% em março na comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec).

Já em relação ao mês anterior, a alta foi de 7,7% em março, número foi acima das expectativas de economistas consultados pelo Banco Central da República da Argentina (BCRA), que estimavam alta de 7%.

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A inflação também subiu acima do ritmo registrado em outros meses do ano. Em fevereiro, a alta em relação ao mês anterior foi de 6,6%, enquanto em janeiro a alta 6%.

Para efeito de comparação, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial no Brasil, subiu 0,71% em março. Já a taxa acumulada em 12 meses ficou em 4,65%.

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Com o resultado de março, a Argentina fica longe de atingir a meta de inflação estabelecida pelo ministro da Economia, Sergio Massa, que prevê uma inflação anual de 60% até o final de 2023.

O resultado também se distancia da meta recém-alterada meta de inflação estabelecida pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para a Argentina neste ano, de 88%.

A meta de inflação brasileira para 2023, estabelecida pelo Banco Central (BC), é de 3,25%. Há uma tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou par abaixo.

As maiores altas aconteceram no setor de educação, com alta de 29,1% devido à volta as aulas, seguido por vestuário e calçados, com alta de 9,4% impulsionada pela troca de estações, segundo o Indec, seguida do setor de alimentos e bebidas não alcoólicas, que registraram aumento de 9,3% nos preços devido aos aumentos nos preços de carnes e derivados de leite.

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