O Índice de Preços ao Consumidor (CPI) nos EUA subiu a 6,2% em outubro, na comparação com o mesmo mês do ano passado, com a escalada dos custos com alimentos, gás e habitação. Essa é a maior taxa de inflação nos EUA desde 1990, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pelo Departamento de Trabalho.
O presidente Joe Biden reconheceu, em uma declaração feita hoje pela Casa Branca, o aumento de preços em curso, dizendo em um comunicado que “reverter essa tendência é uma prioridade.” O governo e os funcionários do Fed, o banco central americano, têm afirmado que a inflação deve retroceder em breve, à medida que a economia for retomando a normalidade, com o aumento da vacinação.
As autoridades, no entanto, tiveram que revisar a rapidez com que isso pode acontecer. As cadeias de suprimentos continuam desabastecidas e a demanda por produtos está se mantendo alta, ajudando a aumentar os preços.
À medida que os salários sobem em muitos setores, em meio à escassez de mão de obra, analistas apontam que há razões para esperar que algumas empresas cobrem mais de seus clientes para cobrir os crescentes custos de mão-de-obra. Os dados de outubro reforçam essa preocupação.
Os mercados reagiram ao aumento dos preços, com as ações caindo lentamente ao longo do dia. A Nasdaq fechou em queda de 1,7%. O Dow Jones caiu 0,7% e o S&P 500 caiu 0,8%. Na contramão das bolsas americanas, o principal índice da bolsa brasileira fechou o pregão aos 105.968 pontos, com avanço de 0,41% e giro financeiro de R$ 32 bilhões. Entre os setores, destaque para bancos – Bradesco teve a maior alta do dia.
O dólar comercial encerrou esta quarta-feira vendido a R$ 5,50, com leve alta de 0,1%. A cotação passou a maior parte do dia em queda, chegando a R$ 5,43 na mínima do dia, por volta das 11h. No entanto, a alta da inflação nos Estados Unidos puxou a moeda para cima no fim das negociações.
A divisa acumula queda de 2,59% nos dez primeiros dias de novembro. No ano, a moeda norte-americana registra alta de 5,99%.