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‘O pior da inflação global parece que ficou para trás’, afirma Mario Mesquita, economista-chefe do Itaú Unibanco
A economia global vem apresentando inconstâncias, com inflação e juros básicos em alta. Porém, será que esse cenário permanecerá assim ao longo deste ano?
Para Mario Mesquita, economista-chefe do Itaú Unibanco (ITUB3, ITUB4) e colunicsta da IF, as expectativas se mostram positivas. “O pior momento da inflação global parece que ficou para trás. Além disso, quando a gente separa por setores, como bens e serviços, por exemplo, o problema é mais em inflação de serviços. O que é normal, já que é uma área mais persistente, que demora para cair ou para subir”, analisa Mesquita durante encontro com jornalistas.
Por outro lado, o economista-chefe não deixa de citar o caso do Silicon Valley Bank (SVB). “O mercado está nervoso por conta do que aconteceu recentemente com a SVB. Por isso, mesmo com o sinal de que a economia mundial esteja pousando, não será um pouso suave”, afirma.
E o cenário brasileiro?
Já por aqui, a perspectiva do Itaú Unibanco pode não ser tão interessante. Afinal de contas, a instituição prevê uma inflação que deve seguir elevada em 2023.
“O mercado de trabalho está aquecido e os salários vão continuar avançado. Sem esquecer da reoneração dos combustíveis, que também ajudam nestas projeções. Mas de certa forma, o qualitativo da inflação deve ser melhor do que 2022”, aponta Mario Mesquita.
Reforma tributária
Quando o assunto envolve a proposta do Governo Federal para alterar o sistema tributário brasileiro, o economista-chefe do Itaú Unibanco afirma que existem dúvidas sobre as chances de aprovação.
“O Congresso mostrou que não é avesso a aumento de gasto, mas precisa ter aumento de receita. Por isso, achamos que as mudanças tributárias venham para aumentar exatamente essa receita”, conclui.
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