Inflação: IPCA acelera para 0,84% em fevereiro, aponta IBGE

Índice veio acima da expectativa do mercado, de alta de 0,78%

Foto: Rafael Henrique/Reuters
Foto: Rafael Henrique/Reuters

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou nesta sexta-feira (10) que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) ficou em 0,84% em fevereiro de 2023. A inflação oficial brasileira ficou acima das projeções do mercado.

A mediana de 42 estimativas coletadas pelo Valor Data estimava uma alta de 0,78% no mês, com intervalo entre 0,62% e 0,89%.

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No ano, o IPCA acumula avanços de 1,37% e, nos últimos 12 meses, de 5,60%, abaixo dos 5,77% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. A expectativa dos agentes financeiros, segundo o Valor Data, era que o IPCA em 12 meses desacelerasse para 5,53%.

Por que o IPCA de fevereiro acelerou?

O grupo Educação foi o destaque no índice de fevereiro, conforme o IBGE, sendo responsável pelo maior impacto (0,35 ponto percentual) e com a maior variação (6,28%). É a taxa mais alta desde fevereiro de 2004, quando teve variação de 6,70%.

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“Fevereiro é sempre muito marcado pela educação, pois os reajustes efetuados pelos estabelecimentos de ensino na virada do ano são contabilizados nesse mês. Normalmente, essa alta de educação fica indexada ao próprio IPCA, ou seja, o reajuste das mensalidades é baseado na inflação do ano anterior”, explica o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov.

Os cursos regulares subiram 7,58%, puxados pelas altas de ensino médio (10,28%), ensino fundamental (10,06%), pré-escola (9,58%) e creche (7,20%). O subitem ensino fundamental foi o maior impacto individual no índice do mês, com 0,15 p.p. Também se destacaram as altas do ensino superior (5,22%), dos cursos técnicos (4,11%) e de pós-graduação (3,44%).

Em seguida, entre os grupos, vieram Saúde e cuidados pessoais (1,26%) e Habitação (0,82%), que aceleraram em relação a janeiro, contribuindo com 0,16 p.p. e 0,13 p.p, respectivamente.

Por outro lado, Transportes (0,37%) e Alimentação e bebidas (0,16%) tiveram variações inferiores às do mês anterior. Os demais grupos ficaram entre o 0,11% de Artigos de residência e o 0,98% de Comunicação.

Somente Vestuário apresentou variação negativa (-0,24%). As quedas das roupas masculinas (-0,58%) e femininas (-0,45%) impulsionaram o resultado. “Esse grupo vinha apresentando sucessivas altas há muito tempo. É natural, portanto, que os preços comecem a baixar”, comenta Pedro.

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