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IPCA desacelera para 0,71% em março, mostra IBGE
O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) ficou em 0,71% em março na comparação com fevereiro, divulgou na manhã desta terça-feira (11) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou abaixo da expectativa do mercado financeiro e da taxa de fevereiro (0,84%).
A expectativa de 36 instituições ouvidas pelo Valor Econômico era de alta de 0,77% em março. No mês passado, o índice subiu 0,84%.
No acumulado dos últimos 12 meses, a alta foi de 4,65%. A expectativa do mercado era de desaceleração para 4,71%. No ano, o IPCA sobe 2,09%.
Gasolina puxa alta
O preço da gasolina subiu 8,33% no mês passado e o item foi o principal responsável pela alta do IPCA, com peso de 0,39 ponto percentual no índice. O etanol também teve avanço significativo, de 3,2%. “Os resultados da gasolina e do etanol foram influenciados principalmente pelo retorno da cobrança de impostos federais no início do mês”, explica André Almeida, analista da pesquisa.
Entre os grupos, o de Transporte foi o responsável pelo maior impacto no índice (0,43 p.p.) e pela maior variação (2,11%). Na leitura anterior, o grupo de Transportes avançou 0,37%. Em seguida, vieram Saúde (0,82%), impactado pela alta de 1,2% do plano de saúde, e Habitação (0,57%), que subiu principalmente por causa da energia elétrica (+2,23%).
A inflação de Alimentos e Bebidas segue desacelerando e avançou 0,05% em março. Em fevereiro, o grupo teve alta de 0,16%. A leitura de março mostra que os preços da alimentação em casa, que passaram de alta de 0,04% em fevereiro para queda de 0,14% no mês passado, foram os principais fatores de desaceleração do grupo.
Batata-inglesa (-12,80%) e óleo de soja (-4,01%) tiveram recuos mais intensos na comparação com fevereiro. Cebola (-7,23%), tomate (-4,02%) e carnes (-1,06%) também tiveram redução. Por outro lado, cenoura (28,58%) e ovo de galinha (7,64%) foram os destaques dentre as altas.
O único dos nove grupos a apresentar queda foi o de Artigos de Residência (-0,27%). O recuo foi puxado pelos itens de TV, som e informática (-1,77%), televisores (-2,15%) e computadores pessoais (1,08%). Os eletrodomésticos e equipamentos (-0,23%) também caíram, após alta de 0,45% em fevereiro.
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