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Governo da Argentina vê inflação de 30% em dezembro; gasolina no país fica mais cara
O porta-voz da presidência argentina Manuel Adorni afirmou nesta quarta-feira (3) que o governo local projeta uma taxa de inflação de “cerca” de 30% em dezembro, embora os dados oficiais ainda não estejam disponíveis.
Em coletiva de imprensa, Ardoni disse que a atual administração de Javier Milei sabe como acabar com a inflação, e que será um “processo longo”.
O porta-voz indicou que havia distorções nos preços em quase toda a economia do país, destacando os combustíveis, além das questões cambiais.
“Vai levar um tempo para sairmos desta situação inflacionária devido ao desastre que deixaram na política, que no governo anterior foi uma bomba inflacionária, que estamos tentando resolver”.
A inflação de dezembro será informada oficialmente no dia 11 de janeiro.
Aumento de combustíveis
As petrolíferas aumentaram o valor dos combustíveis na Argentina nesta quarta em cerca de 27% no âmbito da política de liberalização de preços do governo do presidente Javier Milei. Os aumentos foram organizados pela Axion, Shell e pela estatal argentina YPF, entre outras empresas.
Horas antes da finalização dos aumentos, filas de carros se formassem nos postos de gasolina da capital Buenos Aires
Em média, os novos preços em Buenos Aires subiram para 702 pesos (US$ 0,69) para a gasolina super e 868 pesos (US$ 0,86) para a gasolina premium.
Os aumentos se somam aos ocorridos antes da chegada de Milei ao poder, em 10 de dezembro – de mais de 15% – e depois dessa data, após a desvalorização do peso, de entre 35% e 45%.
Autoridades da Câmara dos Empresários dos Combustíveis afirmaram que o governo pretende levar o preço do combustível “à paridade de importação”, ou seja, aos seus valores internacionais.
Antes de assumir o cargo de secretário de Energia, Eduardo Rodríguez Chirillo disse à imprensa que a equipa de assessores de Milei estava trabalhando “numa solução abrangente que permita uma transição para um mercado livre” e uma flutuação sem o “controle indireto” que as autoridades têm sobre os preços no mercado eram tradicionalmente exercidos através da YPF.
Com informações do Estadão Conteúdo
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