Inflação anual da Argentina passa dos 100% em fevereiro

O índice é o maior desde setembro de 1991

Pedestre caminha por rua na Argentina. Foto: Agustin Marcarian/Reuters

A inflação anual argentina atingiu nesta terça-feira a barreira dos três dígitos e chegou aos 102,5% em fevereiro, anunciou o Instuituto Nacional de Estatíscas e Censos (Indec) da Argentina. O índice é o maior desde setembro de 1991.

O índice mensal ficou em 6,6% no mês passado. Só nos primeiros dois meses de 2023, a inflação acumulou uma alta de 13,1%.

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De acordo com o Indec, a alta de fevereiro foi puxada pelos alimentos — sobretudo a carne bovina, que mais pesou no aumento de 9,8% em relação ao mês passado. Comunicações (com 7,8%) e gastos com restaurantes e hotéis(7,5%) também colaboraram com o aumento do índice.

A taxa acima dos 100%, na verdade, já era esperada desde o final de 2022, mas o progrma de controle de preços implementado pelo ministro da Fazenda, Sergio Massa, conseguiu manter o índice em 94,8%. Especialistas, porém, haviam indicado que o represamento dos preços deveria resultar em aumentos consecutivos das taxas mensais — o que se verificou ontem pelo quarto mês seguido.

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Há um ano, a Argentina fechou um acordo com o Fundo Monetário Internacional para rolar uma dívida de US$ 44,5 milhões e uma das contrapartidas do acordo era que o governo mantivesse a alta de preços numa meta de 50% ao ano — um objetivo que parece distante em 2023, ano eleitoral no país.

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