Inflação na Argentina dispara 25,5% no primeiro mês de Javier Milei como presidente

Índice de preços no país atingiu 211,4% no acumulado de 2023

Javier Milei, presidente da Argentina. Foto: Gustavo Garello/Associated Press/Estadão Conteúdo
Javier Milei, presidente da Argentina. Foto: Gustavo Garello/Associated Press/Estadão Conteúdo

Javier Milei assumiu a presidência da Argentina em 10 de dezembro e imediatamente implantou mudanças profundas nas economia. O resultado mais visível disso até agora: a inflação no país saltou 25,5% no mês e fechou 2023 em 211,4%.

Antes, em novembro, a taxa havia subido 12,8% e acumulava 160,9% na soma em um ano.

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As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (11) pelo Indec (Instituto Nacional de Estatística e Censos, na sigla em espanhol).

O segmento que teve o maior aumento em dezembro foi bens e serviços diversos (32,7%), em função dos reajustes em artigos de cuidado pessoal.

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Em seguida vieram os preços de saúde (32,6%), impulsionados pelas variações de medicamentos.

E de transportes (31,7%), devido aos aumentos nos combustíveis.

Na sequência, os preços dos alimentos e bebidas avançaram 29,7% no mês. O segmento engloba principalmente carnes e pães.

Adicionalmente, as contas de restaurantes e hotéis ficaram 21,5% mais caras em dezembro, enquanto as compras de bebidas alcoólicas e tabaco subiram 20,2%.

Aliás, mesmo patamar do segmento de atividades culturais e recreação.

As altas menos intensas da inflação na Argentina vieram do segmento que abrange as contas de luz e água (13,8%) e de educação (6,2%).

Finalmente, a disparada do índice em dezembro já era esperada pelo governo Milei. A própria gestão indiciou que havia distorções nos preços em quase toda a economia do país.

A atual administração considera que acabar com a inflação na Argentina será um processo longo.

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