Inflação no Brasil já deveria estar baixando, diz Guedes em Davos

Ministro aposta que economia brasileira vai crescer mais do que de outros países

O ministro da Economia, Paulo Guedes (Foto: Alan Santos/Presidência)
O ministro da Economia, Paulo Guedes (Foto: Alan Santos/Presidência)

O ministro da Economia, Paulo Guedes, considerou nesta quinta-feira em Davos que a taxa de inflação no Brasil, que é de 12,5%, já chegou no pico e “está atrasada”, já tinha que estar descendo, vai descer já já”.

Para o ministro, a inflação no Brasil vai descer mais rapidamente que nos países desenvolvidos. E que, enquanto outros países estarão em recessão, o Brasil entra numa dinâmica de crescimento.

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Guedes avaliou que o Brasil foi um dos primeiros a combater a inflação. Agora, quer fazer baixar o preço do combustível, mas notou que de 11 países que fizeram isso, a maioria baixou os impostos e somente três, socialistas, deram subsídios.

Indagado sobre queixas de governadores, o ministro retrucou que os Estados receberam “uma fortuna fabulosa” do governo federal. Considera que “o governador que reclama ou é despreparado para a função ou um ingrato”.

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De maneira geral, “a história vai nos julgar, a barbaridade, a injustiça, a militância com que estamos sendo julgados”, completou.

‘Brasil saiu do inferno’

Os Estados Unidos estão no rumo de uma dramática crise econômica, disse também Guedes, ao final de sua participação no fórum. A China já desacelera e a Europa estaria perto de entrar em recessão.

Para o ministro, porém, o Brasil continuará em direção ao crescimento. E a única coisa que muda para o país num cenário externo negativo é o ajuste no câmbio.

“O Brasil estava no caos e eles (as maiores economias) celebravam os ganhos da globalização. Agora, o Brasil saiu do inferno e o pesadelo deles está apenas começando”, na avaliação de Guedes.

O ministro argumentou que, no caso da China, maior parceiro comercial do Brasil, por exemplo, importa comida no Brasil “e ela vai ter de comer”.

O Brasil tem dinâmica de crescimento próprio, pelo mercado doméstico de consumo de massa. E a taxa de formação do investimento doméstico, que era de 14% do PIB, deverá passar de 20% neste ano, segundo ele.

“Sabemos trabalhar em condições de guerra”, disse Guedes. “Amanhã, a única coisa que muda, dependendo dos ventos externos, é o câmbio. Se a situação externa é muito difícil, o câmbio sobe um pouco. A situação acomoda, o câmbio baixa.”

Exemplificou que, quando a situação geral estava favorável, o dólar caiu para R$ 1,80 ou R$ 1,30. Quando a situação piorou, o dólar foi para R$ 4,80 ou R$ 5,00.

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