IPCA-15 fica em 0,16% em outubro após dois meses de deflação

Mercado projetava alta de preços de 0,05% e desaceleração do índice acumulado em 12 meses para 6,75%

Consumidores aguardam em fila de supermercado. Foto: Sergio Moraes/Reuters
Consumidores aguardam em fila de supermercado. Foto: Sergio Moraes/Reuters

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta terça-feira (25) que o IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15) de outubro foi de 0,16%, após registrar dois meses consecutivos de deflação. O índice acumula alta de 4,80% no ano e de 6,85% nos últimos 12 meses.

Em setembro, o IPCA-15 registrou uma deflação de 0,37% ante agosto e inflação acumulada em 12 meses de 7,96%. Para outubro, a projeção do mercado era de alta de preços de 0,05% ante setembro, mas com desaceleração do índice acumulado em 12 meses para 6,75%.

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Conforme o IBGE, assim como no mês anterior, somente três dos nove grupos do IPCA-15 tiveram queda de preços. Em outubro, essas retrações foram em transportes (-0,64%), comunicação (-0,42%) e artigos de residência (-0,35%).

No lado das altas, as maiores variações vieram de vestuário (1,43%) e saúde e cuidados pessoais (0,80%).

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Após registrar queda de 0,47% em setembro, alimentação e bebidas subiu 0,21% em outubro. Os demais grupos ficaram entre o 0,19% de educação e o 0,57% de despesas pessoais.

Destaques do IPCA-15 de outubro

Como ocorreu em setembrou, a queda em transportes no mês está ligada à retração nos preços dos quatro combustíveis pesquisados: etanol (-9,47%), gasolina (-5,92%), óleo diesel (-3,52%) e gás veicular (-1,33%). O maior impacto negativo entre os subitens do IPCA-15 veio da gasolina (0,29 ponto percentual).

Em outubro, as passagens aéreas subiram 28,17%, uma aceleração frente a setembro (8,20%), e colaboraram com o maior impacto positivo individual (0,18 p.p.).

Entre as altas, o maior impacto veio do grupo de saúde e cuidados pessoais (0,10 p.p.), cujos preços subiram influenciados sobretudo pelo aumento nos preços dos planos de saúde (1,44%).

Outro resultado que ajuda a explicar a volta do índice geral para o campo positivo é a alta de alimentação e bebidas, grupo que havia recuado em setembro. A alimentação no domicílio (0,14%) teve impacto sobre esse crescimento, também influenciada pelo aumento nos preços das frutas (4,61%), da batata-inglesa (20,11%), do tomate (6,25%) e da cebola (5,86%).

Já o leite longa vida (-9,91%), o óleo de soja (-3,71%) e as carnes (0,56%) tiveram redução nos preços.

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