IPCA-15: prévia da inflação acelera a 0,33% em novembro com pressão de alimentos e passagens aéreas
Já a taxa em 12 meses aliviou a 4,84%; números ficaram acima das expectativas do mercado
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou nesta terça-feira (28) que o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acelerou a 0,33% em novembro depois de ter variado 0,21% em outubro.
No acumulado em 12 meses, a prévia da inflação oficial brasileira aliviou a 4,84% ante 5,05% da taxa observada na leitura anterior.
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Os números ficaram acima das expectativas dos agentes financeiros. As medianas das estimativas do mercado, conforme as Projeções Broadcast, indicavam uma alta de 0,30% no mês e uma taxa de 4,81% na soma em um ano.
Alimentos mais caros
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito registraram alta em novembro, destaca o IBGE. A maior variação (0,82%) e o maior impacto (0,17 ponto percentual) no IPCA-15 vieram de alimentação e bebidas.
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A alimentação no domicílio subiu 1,06% no mês após cinco quedas consecutivas. Contribuíram para esse resultado as disparadas da cebola (30,61%), batata-inglesa (14,01%), arroz (2,60%), frutas (2,53%) e das carnes (1,42%).
Já os preços do feijão-carioca (-4,25%) e do leite longa vida (-1,91%) caíram.
Além disso, a alimentação fora do domicílio (0,22%) também ficou mais cara sob pressão do subitem refeição (0,22%) e do lanche (0,35%).
No grupo despesas pessoais (0,52%), expansão em novembro foi influenciada pelas altas do pacote turístico (2,04%), da hospedagem (1,27%) e do serviço bancário (0,63%).
Já no grupo transportes (0,18%), o subitem passagem aérea saltou 19,03% e teve o maior impacto individual no índice do mês (0,16 p.p.).
Em combustíveis (-2,11%), houve queda no etanol (-2,49%), na gasolina (-2,25%) e no gás veicular (-0,57%), enquanto o óleo diesel (1,12%) subiu.
Por fim, no lado das quedas, o grupo comunicação (-0,22% e -0,01 p.p.) recuou pelo terceiro mês consecutivo.
As demais variações no IPCA-15 de novembro ficaram entre o 0,03% de educação e o 0,55% de vestuário.