Corte no preço de gasolina consolida percepção de IPCA 2023 dentro do teto da meta

Economistas estimam agora que a inflação brasileira deve fechar o ano abaixo de 4,75%

Carro sendo abastecido em posto de combustíveis. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Carro sendo abastecido em posto de combustíveis. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A redução de 4% no preço da gasolina, anunciada na quinta-feira (19) pela Petrobras (PETR4), consolida a avaliação de que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) deverá mesmo ficar abaixo do teto da meta, de 4,75%, este ano.

Salvo em caso de algum acidente – como uma disparada nos preços do petróleo -, economistas do mercado já consideram mais provável que a inflação fique abaixo do limite superior do alvo pela primeira vez desde 2020.

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Instituições do mercado consultadas pelo Broadcast calculam que o corte nos preços da gasolina terá impacto negativo próximo de 0,10 ponto porcentual no IPCA do ano. Matematicamente, deve ser o bastante para fazer com que a inflação total seja menor do que o teto da meta, já que a mediana do último relatório Focus já indicava um IPCA de 4,75% em 2023.

“Este ano, salvo uma escalada nos preços de petróleo, devemos ficar abaixo do teto da meta”, disse o economista-chefe do Banco BMG, Flávio Serrano, que vê um impacto negativo de 0,10 a 0,12 ponto porcentual no IPCA com a redução dos preços de gasolina.

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A estrategista de inflação da Warren Rena, Andréa Angelo, diminuiu de 4,60% para 4,50% a sua projeção de IPCA de 2023, em linha com o impacto negativo de 0,11 ponto percentual calculado.

Segundo a analista, tudo sugere que a inflação deste ano ficará abaixo do teto da meta.

Na noite de quinta, a Petrobras informou que diminuirá o preço da gasolina nas refinarias em 4% a partir deste sábado (21), de R$ 2,93 para R$ 2,81 por litro. Já o diesel – que tem peso bem menor no IPCA – terá o custo do litro elevado em 6,6%, de R$ 3,80 para R$ 4,05.

Com informações do Estadão Conteúdo

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