Inflação: IPCA de setembro sobe 0,26% puxado pelas altas da gasolina e das passagens aéreas
Resultado no mês ficou abaixo do esperado, com nova deflação nos preços dos alimentos
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou nesta quarta-feira (11) que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) ficou em 0,26% em setembro depois de ter variado 0,23% em agosto.
Assim, a inflação acumulada em 12 meses avançou a 5,19% ante 4,61% da leitura do mês anterior. A taxa é a maior desde fevereiro, quando atingiu 5,60%.
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Os resultados ficaram abaixo do esperado pelos agentes financeiros. As medianas das estimativas eram de 0,32% para o índice mensal e de 5,25% para a soma em um ano, conforme as Projeções do Broadcast.
Gasolina e passagens aéreas em alta
Conforme o IBGE, o resultado do IPCA de setembro foi impulsionado principalmente pela valorização de 2,80% da gasolina, subitem com a maior contribuição individual (0,14 ponto percentual) no índice geral.
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Assim, o grupo de Transportes teve o maior impacto positivo (0,29 p.p) e a maior variação (1,40%) no mês.
Outro destaque foi o subitem passagens aéreas, com a segunda maior oscilação mensal (13,47%) e o segundo maior peso (0,07 p.p) no total do IPCA, após recuo de 11,69% em agosto.
Ainda no lado das altas, o grupo de Habitação mostrou um crescimento de 0,47% nos preços de setembro em relação a agosto. Com a maior contribuição do grupo, (0,04 p.p.), a energia elétrica residencial teve alta de 0,99%
Deflação de alimentos
No relatório, o IBGE anota que o grupo de alimentação e bebidas ajudou a segurar o IPCA de setembro.
“É o grupo de maior peso no IPCA e teve deflação pelo quarto mês consecutivo, mantendo trajetória de queda no preço dos alimentos principalmente para consumo no domicílio”, explica em nota André Almeida, gerente da pesquisa.
A nova baixa da alimentação foi de 0,71%, contribuindo com -0,15 p.p. para a taxa do mês.
Os preços da alimentação no domicílio recuaram 1,02%, com destaque para batata-inglesa (-10,41%), cebola (-8,08%), ovo de galinha (-4,96%), leite longa vida (-4,06%) e carnes (-2,10%).
Já o arroz (3,20%) e o tomate (2,89%) subiram de preço.
Por fim, a alimentação fora do domicílio teve alta de 0,12%, uma desaceleração ante o resultado de agosto, quando foi de 0,22%.
O grupo ainda registrou altas em refeição (0,13%) e lanche (0,09%), também menos intensas do que as observadas no mês anterior (de 0,18% e 0,30%, respectivamente).