IPCA: inflação sobe 0,41% em novembro, aponta IBGE

Taxa ficou abaixo da projeção do mercado, que esperava uma alta de 0,54%

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (9) que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,41% em novembro. A taxa ficou abaixo das expectativas do mercado.

A mediana das 36 projeções colhidas pelo Valor Data apontava para um IPCA de 0,54% no penúltimo mês do ano, vindo de 0,59% em outubro.

A inflação acumulada no ano chega a 5,13% e, nos últimos 12 meses, a 5,90%, abaixo dos 6,47% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2021, a taxa havia sido de 0,95%.

O mercado, conforme o Valor Data, esperava uma taxa de 6,03% no acumulado em 12 meses.

Destaques do IPCA de novembro

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, conforme o IBGE, sete tiveram alta em novembro. Os grupos transportes (0,83% e 0,17 p.p.) e alimentação e bebidas (0,53% e 0,12 p.p.) foram os que impactaram de forma mais expressiva o índice do mês. Juntos, os dois contribuíram com cerca de 71% do IPCA de novembro.

Já a maior variação veio de vestuário (1,10%), ficando acima de 1% pelo quarto mês consecutivo. O grupo saúde e cuidados pessoais (0,02%) ficou próximo da estabilidade, mostrando uma desaceleração em relação a outubro (1,16%). Habitação (0,51%), por sua vez, ficou acima do observado no mês anterior (0,34%).

A alta do grupo transportes foi provocada, principalmente, pelo aumento dos combustíveis (3,29%), que em outubro haviam recuado 1,27%. Os preços do etanol (7,57%), da gasolina (2,99%) e do óleo diesel (0,11%) subiram em novembro.

No lado das quedas, os preços das passagens aéreas recuaram 9,80%, após as altas de 8,22% em setembro e 27,38% em outubro.

Já em alimentação e bebidas, os maiores responsáveis pela alta de 0,53% foram os alimentos para consumo no domicílio (0,58%). As maiores variações vieram da cebola (23,02%) e do tomate (15,71%), cujos preços já haviam subido em outubro (9,31% e 17,63%, respectivamente). Houve alta também nos preços das frutas (2,91%) e do arroz (1,46%).

No lado das quedas, o destaque foi o leite longa vida (-7,09%), assim como já havia acontecido nos meses anteriores. No ano, a variação acumulada do produto, que chegou a 77,84% em julho, está agora em 31,20%. Houve recuo também nos preços do frango em pedaços (-1,75%) e do queijo (-1,38%).

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