- Home
- Mercado financeiro
- Economia
- Itaú BBA: produção de etanol deve crescer 84% até 2037; já a de biodiesel aumentará 130%
Itaú BBA: produção de etanol deve crescer 84% até 2037; já a de biodiesel aumentará 130%
Há quem pense que o tema sustentabilidade é algo “da moda”. Mas não é assim que considera o Itaú BBA. Tanto que recentemente a instituição trouxe projeções otimistas para os biocombustíveis no Brasil para os próximos anos.
De acordo com o banco, as estimativas mostram que a produção de etanol, proveniente não só da cana-de-açúcar, mas também do milho, deverá crescer 84%. Desse modo, o etanol passará de 32 bilhões de litros esse ano para 59 bilhões de litros em 2037.
Já a produção de biodiesel provavelmente irá crescer em 130%. Ou seja, o produto deverá aumentar de 10 bilhões de litros em 2024 para 23 bilhões em 2037.
Biocombustíveis: solução rápida e sustentável
Para Luciana Nicola, diretora de relações institucionais e sustentabilidade do Itaú Unibanco, os biocombustíveis podem ser uma solução sustentável rápida e eficiente que colocará o Brasil como um grande fornecedor global.
Luciana conta ainda que o nosso país tem a grande oportunidade de suprir essa demanda que vem crescendo cada vez mais. Isso, ao apostar na conversão de terras degradadas, crescimento do milho de segunda safra sobre áreas de soja, assim como o uso de biomassa residual e investimentos em irrigação e aumento de produtividade.
Regulamentação
O Brasil viu há alguns anos a aprovação da Lei do Combustível do Futuro. O que, segundo Erasmo Battistella, CEO da Be8, deixa o país em uma posição de vanguarda dos biocombustíveis em relação ao mundo. “A legislação estabelece, portanto, a introdução do SAF (Sustainable Aviation Fuel) e do biogás na matriz energética brasileira com ampliação do uso até 2027”, afirma o especialista.
Isso, então, reforça a importância da regulamentação para que os biocombustíveis produzidos no Brasil sejam aceitos fora do país.
“O combustível representa 40% do custo de uma passagem aérea no Brasil, comparado a 25% em mercados internacionais. Desse modo, o SAF brasileiro pode ser uma solução competitiva e eficiente para a agenda de descarbonização do setor”, analisa Diogo Youssef, head de combustíveis da Azul.
Leia a seguir