Itaú projeta corte na Selic apenas no 2º semestre de 2023

Banco considera que o Copom encerrará o ciclo de aperto monetário no patamar atual de 13,75% ao ano

- Foto montagem: IF/Freepik
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O Itaú Unibanco reduziu a perspectiva para o IPCA no final de 2022, mas ainda considera que o cenário será favorável ao corte na taxa Selic apenas no segundo semestre de 2023. Em relatório divulgado nesta segunda-feira (12), o banco avalia que o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) não deve subir mais os juros básicos da economia brasileira.

“Reduzimos a projeção para o IPCA de 2022 de 7,0% para 6,0%, e ainda há riscos baixistas. Para 2023, mantivemos a nossa projeção em 5,3%”, destaca o documento assinado pelo economista-chefe da instituição, Mario Mesquita. “A inércia menor contribui para diminuir os riscos de alta, mas a desinflação de núcleos ainda será lenta, especialmente com a dinâmica de serviços persistente”, explica.

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“Acreditamos que o Copom encerrará o ciclo de aperto monetário no patamar atual de 13,75% ao ano e reafirmará que segue vigilante”, aponta o Itaú. “Para 2023, esperamos cortes apenas no segundo semestre do ano, para 11,00% ao ano”, acrescenta.

O banco manteve também as projeções de taxa de câmbio em R$ 5,25 por dólar para o final de 2022 e em R$ 5,50 por dólar ao final de 2023. “Vemos espaço limitado para apreciação da moeda, dado o ambiente global de dólar forte e possíveis oscilações do prêmio de risco local ao longo do segundo semestre deste ano”, diz o relatório.

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No cenário para o PIB, o Itaú melhorou as perspectivas para o crescimento da economia em 2022 de 2,2% para 2,5%. O panorama para o ano que vem, no entanto, é de desaceleração da atividade.

“A expansão de 1,2% no PIB do 2º trimestre mostrou uma composição benigna, com forte desempenho da absorção doméstica. O crescimento robusto do 1º semestre, combinado com o início do nosso tracking para o 3º trimestre, gerou uma revisão altista para as projeções do segundo semestre do ano (para 0,3% e 0,0% ante 0,1% e -0,1%, no 3T e 4T, respectivamente) e para o PIB de 2022”, detalha o relatório.

“Apesar da melhora no curto prazo, os fundamentos continuam indicando desaceleração da atividade. Em 2023, nossa projeção é de expansão de 0,5% (ante 0,2%), em meio à melhora no carrego estatístico”, completa.

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