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Itaú lucra R$ 7,7 bi no 2º tri; alta de 17,4%; ganho ficou acima das previsões dos analistas
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Com base nesse resultado, o Itaú Unibanco vai pagar aos investidores JCP (juros sobre o capital próprio) de R$ 0,3065 por ação
O Itaú Unibanco, maior banco privado da América Latina, teve uma elevação de 17,4% em seu lucro recorrente no primeiro trimestre de 2022 comparado com igual período do ano passado. Os ganhos somaram R$ 7,68 bilhões, de acordo com o balanço divulgado no começo da noite desta segunda-feira (8). A previsão média dos analistas consultados pelo Valor Econômico era de R$ 7,46 bilhões.
O lucro recorrente por ação avançou de R$ 0,67 no primeiro trimestre de 2021 para R$ 0,78 no de 2022. As receitas com produtos bancários somaram R$ 35,25 bilhões, o que significa uma alta de 16,2% no mesmo intervalo.
O ROAE (retorno sobre patrimônio líquido médio) cresceu de 18,9% para 20,8% entre o segundo trimestre de 2021 e o segundo trimestre de 2022. A alta desse indicador significa que o banco está conseguindo extrair mais ganhos da sua estrutura. Os ativos totais do Itaú Unibanco se expandiram em 10,8%, para R$ 2,29 trilhões.
No comunicado sobre os resultados, o banco comemorou o contínuo crescimento do uso dos canais digitais pelos clientes. A contratação de produtos por pessoas físicas por esses meios chegou a 68,7% no segundo trimestre de 2022, uma alta de 2,6 pontos percentuais em relação ao primeiro trimestre deste ano e de 17 p.p. ante o segundo trimestre de 2021.
Proventos
Com base nesse resultado, o Itaú Unibanco vai pagar aos investidores JCP (juros sobre o capital próprio) de R$ 0,3065 por ação. Descontando o imposto de renda na fonte de 15%, O JCP a ser pago é de R$ 0,260525 por ação. Terá direito à remuneração o investidor que tiver ações do banco na carteira em 18 de agosto; o pagamento será em 30 de agosto.
Crédito e inadimplência
A carteira de crédito para pessoa física no Brasil teve expansão de 33,1% entre o primeiro trimestre de 2021 e o primeiro trimestre de 2022, atingindo R$ 372,4 bilhões. A carteira total cresceu 21,9%, para R$ 1,08 trilhão.
“Esse aumento no volume de crédito foi a principal alavanca para o crescimento de 9,7% em nossa margem com clientes, que atingiu R$ 22 bilhões no trimestre”, disse o Itaú Unibanco no balanço. “Além do volume, a margem com clientes também foi beneficiada pela continuada mudança de mix de produtos, com maior crescimento relativo de produtos com melhores spreads como cartão financiado e crediário. Também merecem destaque o impacto positivo da Selic em nossa margem de passivos e da taxa de juros pré-fixada em nosso capital de giro próprio, além de maiores spreads no crédito.”
O índice de inadimplência total – referente a atrasos de mais de 90 dias – subiu de 2,3% para 2,7% no mesmo período. Considerando apenas a operação no Brasil, avançou de 2,7% para 3%.
“No Brasil, o aumento ocorreu devido à maior inadimplência no segmento de pessoas físicas, que está se normalizando, nas carteiras de cartão de crédito, crédito pessoal e financiamento de veículos. Esse aumento em pessoas físicas foi parcialmente compensado pelo indicador de micro, pequenas e médias empresas, que apresentou redução em função do crescimento da carteira. Além disso, tivemos redução em grandes empresas, que ocorreu devido à baixa para prejuízo de créditos de um cliente específico do segmento e atingiu o menor patamar da série histórica”, afirmou o banco.
Melhores projeções
O desempenho no primeiro semestre fez o Itaú Unibanco melhorar as projeções de resultados para o ano todo. Antes, havia uma estimativa de crescimento da carteira de crédito entre 9% e 12% em 2022, e agora a previsão é de uma alta entre 15,7% e 17,5%. A margem financeira com clientes, antes estimada entre 20,5% e 23,5%, agora é projetada de 25% a 27%.
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