Jamie Dimon, CEO do JP Morgan, volta a criticar tarifas e alerta que recessão nos EUA é ‘resultado provável’

Jamie Dimon, presidente do JPMorgan, disse em entrevista à TV americana que governo americano pode ter entendido errado a questão das tarifas

Jamie Dimon, do JP Morgan. Foto: Valor
Jamie Dimon, do JP Morgan. Foto: Valor

Jamie Dimon, CEO do banco JPMorgan Chase, disse nesta quarta-feira (9) que o cenário mais provável para escalada da crise gerada por Donald Trump na economia é o da recessão nos Estados Unidos.

Em entrevista a um programa matutino do Fox Business, o executivo, que já foi cotado para se candidatar à presidência dos Estados Unidos, afirmou que o sentimento do mercado, hoje, está bastante pessimista

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“Ouço isso (do pessimismo) de todo mundo agora: ‘Vou cortar (o investimento) um pouquinho, vou esperar para ver o que acontece’. Isso é um discurso meio recessivo”, disse Dimon.

Quando perguntado se ele pessoalmente espera por uma recessão, Dimon respondeu: “Vou deixar isso para os meus economistas neste momento, mas acho que (a recessão nos Estados Unidos) é um resultado provável.”

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Críticas às tarifas

O banqueiro não hesitou em discutir as tarifas do presidente Donald Trump e o estado da economia depois que o as bolsas de Nova York perderam US$ 6 trilhões em valor de mercado em menos de uma semana.

Desde o Dia da Libertação, de Donald Trump, no último 2 de abril, o Dow Jones Industrial Average, o S&P 500 e o Nasdaq Composite caíram de 10% a 13%.

Todos os três índices de ações dos EUA seguem em baixa nesta quarta-feira, com a entrada em vigor das tarifas de Trump.

China escalou conflito

Hoje, a China escalou o conflito comercial e retaliou as importações dos Estados Unidos em 84%. O movimento chinês foi uma resposta ao início, também nesta quarta, de um conjunto de tarifas que somam, incríveis, 104% sobre os produtos chineses.

“Estou com uma visão calma (sobre o assunto da guerra tarifária), mas acho que a situação pode piorar se não fizermos algum progresso”, disse Dimon.

“É perfeitamente razoável que alguém diga que o comércio foi injusto com relação aos Estados Unidos nos últimos anos. Houve questões comerciais injustas”, observou ele. “Mas acho que eles (do governo americano) entenderam errado o imposto sobre valor agregado. E acho que isso deveria ser melhor compreendido, para facilitar a negociação.”

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