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Como os juros nos Estados Unidos afetam os investidores no Brasil?
Os bancos centrais do Brasil e Estados Unidos aumentaram os juros. Que impactos isso tem no seu bolso? Saiba mais com Nina Silva
A semana passada foi marcada pelas decisões dos bancos centrais dos Estados Unidos e Brasil de aumentar os juros. O Papo de Finanças vai falar sobre como isso afeta a nossa vida e nosso dinheiro. Já era previsto que ambos decidissem aumentar os juros. A gente sabe que o movimento global de políticas de aperto monetário para conter a inflação não para de ganhar forças. Mas parece que quando a notícia vem de fato é um balde de água fria.
O Copom elevou a taxa básica de juros, a Selic, de 11,75% para 12,75% ao ano, marcando sua décima alta seguida. Assim, o Brasil voltou a liderar o ranking de taxa de juros real, segundo o portal MoneYou. No começo do ano passado, a Selic estava em 2%. Olha só o desespero.
Em terras da Estátua da Liberdade, o Fed, como é chamado o banco central americano, elevou a taxa básica de juros pro intervalo entre 0,75% e 1%, uma alta de 0,5 ponto percentual. Parece pouco perto da nossa, né? Mas a economia por lá é diferente. Para você ter uma noção, mesmo estando só no 1%, no máximo, o Fed não fazia uma elevação dessa magnitude desde 2000!
Vamos começar com a lógica: No Brasil, juros mais altos tornam o crédito mais caro. Isso desacelera o consumo e, com menos consumidores indo às compras, a tendência é de os preços baixarem, ou subirem menos, reduzindo a inflação. Esse é o plano do Copom ao aumentar os juros.
Nos investimentos, com juros baixos, como o Brasil tinha em fevereiro de 2021, quando -pasmem- a Selic estava na casa dos 2%, rola uma empolgação pra investir no setor produtivo, o povo se anima todo. Porém, com os juros nas alturas, bate o receio, a gente tende a querer menos risco e vai pra a renda fixa.
Por que se arriscar em colocar o dinheiro em uma empresa, via ações, se um ativo de renda fixa, como o Tesouro Direto, só como exemplo, está pagando mais de 5% ao ano acima da inflação?
Saiba mais sobre como os juros dos EUA afetam o Brasil no Papo de Finanças!
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