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Juros futuros recuam antes de decisões de juros do Fed e Copom
Os juros futuros exibem queda firme ao longo de toda a curva a termo nas primeiras horas da sessão de hoje, dia de decisões de juros do Federal Reserve (Fed) e do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Enquanto as expectativas por aqui estão, majoritariamente, cristalizadas em torno de uma elevação de 0,25 ponto percentual (p.p.) da Selic, nos Estados Unidos ainda há incerteza quanto ao ritmo do corte inicial do Fed neste ciclo.
O banco central americano, que publicará sua decisão e as novas projeções macroeconômicas às 15h, pode optar por uma redução de 0,25 p.p. ou 0,5 p.p. dos juros, conforme apontam as expectativas dos agentes financeiros. Conforme levantamento do CME Group, o mercado precifica no começo da tarde 57% de chance para o corte mais agressivo contra 43% para uma redução mais contida.
Já no Brasil, a decisão do Copom só será divulgada depois do fechamento dos mercados. Com isso, os investidores retiram prêmios da curva a despeito do aumento nas taxas dos Treasuries americanos.
Por volta de 13h, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento de janeiro de 2025 tinha leve queda de 10,965% do ajuste anterior para 10,95%; a do DI de janeiro de 2026 cedia de 11,815% a 11,775%; a do DI de janeiro de 2027 recuava de 11,85% a 11,805%; a do DI de janeiro de 2029 baixava de 12,00% a 11,935%.
Já nos Estados Unidos, a taxa da T-note de dois anos, mais sensível à política monetária, exibia alta de 3,615% para 3,663%, enquanto a da T-note de dez anos subia em ritmo mais modesto, de 3,659% a 3,693%.
Para os economistas do Citi, o Copom deve subir os juros hoje em 0,25 ponto e manter esse ritmo nas três reuniões seguintes, levando a taxa Selic a 11,5% em janeiro de 2025. “As previsões de inflação acima da meta; a persistente deterioração das expectativas de inflação e da taxa de câmbio; e o descompasso entre demanda e oferta nas frentes de atividade e mercado de trabalho” justificam a necessidade de subir os juros, avaliam.
De acordo com análise dos estrategistas do banco americano que considera seis períodos de altas da Selic (em 2008, 2010, 2011, 2013, 2014 e 2021), as taxas de prazo mais curto costumam subir após o primeiro aumento de juros do Copom. Segundo eles, a taxa do DI com vencimento de dois anos sobe cerca de 20 pontos-base no primeiro mês de negócios depois da elevação dos juros, mesmo em momentos em que o Fed está cortando juros nos Estados Unidos, como aconteceu em 2008.
Eles ressaltam ainda que a curva de juros brasileiro tende a ficar achatada depois do início de um ciclo de alta da Selic. Os estrategistas do Citi ressaltam, porém, que a curva está mais achatada agora em relação a outros ciclos e mesmo ao considerar os fundamentos econômicos atuais, o nível dos juros e a taxa de inflação.
“É interessante notar que o BCB deveria aumentar [a Selic] para 12,5% para que esse nível de spread fosse precificado de forma justa, acima das expectativas do mercado (12,25%)”, dizem os estrategistas do Citi, que ainda assim não têm posições abertas nos ativos brasileiros.
*Com informações do Valor Econômico
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