Juros futuros seguem aceleração da queda do petróleo e renovam mínimas
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Os juros futuros são referência para a precificação de todos os ativos de renda fixa
Os juros futuros acompanharam a aceleração da queda dos preços do petróleo e foram ao menor nível da sessão há pouco. As taxas de vencimentos intermediários e longos chegaram a cair 30 pontos-base no menor nível do dia.
Os juros futuros são referência para a precificação de todos os ativos de renda fixa. O Tesouro Direto, por exemplo, leva em consideração os juros futuros ao negociar títulos com o mesmo prazo de vencimento dos contratos futuros, reprecificado-os quando os juros futuros sobem ou caem.
Nesse sentido, os títulos prefixados e os títulos atrelados à inflação reagem de maneira inversamente proporcional aos juros futuros: eles se desvalorizam quando os juros sobem, e se valorizam quando os juros caem. Os títulos pós-fixados, porém, acompanham a taxa básica de juros de maneira diretamente proporcional.
Por volta de 14h55, a taxa do contrato futuro de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2023 caía de 13,06% no ajuste anterior para 12,905%, enquanto a do DI janeiro de 2024 tinha baixa de 12,82% para 12,61, após tocar mínima a 12,59% há pouco.
Em vencimentos mais longos, o juro do DI janeiro de 2025 se reduzia de 12,38% para 12,10%, depois do menor nível do dia a 12,08%; e a do DI janeiro de 2027 despencava de 12,26% para 11,965%, após mínima a 11,95%.
Os agentes financeiros continuam atentos ao conflito na Ucrânia e repercutem positivamente os sinais do governo ucraniano de disposição para uma saída diplomática para a guerra. O mercado também segue de olho na situação da oferta de petróleo, no contexto de restrições às importações de petróleo da Rússia.
No exterior, as principais referências da commodity energética afundavam mais de 10%, enquanto investidores seguiam atentos às perspectivas de uma solução diplomática para o conflito na Ucrânia.
No horário acima, o contrato do petróleo Brent para maio cedia 12,29%, a US$ 112,25 por barril na ICE, em Londres. Já o contrato de WTI para abril caía 12,96%, a US$ 110,74.
Com Valor Pro, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico.
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