Juros futuros têm sessão volátil e se ajustam em leve alta

Em um comportamento bastante volátil observado desde o início do pregão, os juros futuros chegam ao início da tarde em alta nos trechos curtos da curva e com algum viés de queda nos vértices mais longos. O alívio nos prêmios de risco observado na sessão anterior, que tem continuidade em outros mercados, ainda que de […]

Em um comportamento bastante volátil observado desde o início do pregão, os juros futuros chegam ao início da tarde em alta nos trechos curtos da curva e com algum viés de queda nos vértices mais longos. O alívio nos prêmios de risco observado na sessão anterior, que tem continuidade em outros mercados, ainda que de forma contida, não encontra tanto espaço nas taxas futuras, enquanto o mau humor com a trajetória da dívida pública segue no radar.

Por volta de 13h10, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 subia de 15,07% no ajuste anterior para 15,11%; a do DI para janeiro de 2027 avançava de 15,315% para 15,395%; a do contrato para janeiro de 2029 passava de 14,96% para 15,02%; e a do DI para janeiro de 2031 oscilava de 14,675% para 14,68%.

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Há, assim, ajuste nos prêmios de risco no mercado de juros, em um movimento de realização de lucros após o forte tombo observado pelas taxas futuras na sessão anterior. “Os DIs caíram muito de ontem para hoje. Uma correção é natural”, observa o trader de renda fixa de um grande banco local. Outro profissional nota, ainda, que o mercado está bastante volátil na sessão, o que abarca as intervenções feitas pelo Tesouro Nacional quanto pelo Banco Central, além dos prêmios de risco relativos, em especial, à questão fiscal.

A aprovação do último projeto do pacote fiscal pelo Senado nesta tarde contribuiu para algum alívio adicional nos prêmios, embora as taxas futuras sigam em alta.

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O mercado, além disso, continua a ajustar as apostas para os rumos da política monetária. Nesta sexta-feira, foi a vez de o Santander elevar sua expectativa para os juros e esperar que a Selic chegue a 15,5% no fim do ciclo de aperto, no próximo ano.

“Por um lado, o ciclo poderia ser ainda mais extenso, considerando a perda de eficácia da política monetária e a possibilidade de um repasse cambial maior para os preços em ambiente de hiato do produto positivo. Por outro lado, as consequências econômicas do novo aperto nas condições financeiras não são triviais, especialmente no horizonte de decisão do colegiado”, aponta a equipe de economistas do Santander, liderada pela ex-secretária do Tesouro Ana Paula Vescovi.

*Com informações do Valor Econômico

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