Lula diz que inflação está controlada e economia está crescendo

Presidente da República disse que espera de seu terceiro mandato uma oportunidade de 'cuidar das pessoas' e também promover a 'reindustrialização' do Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante evento em Brasília (DF). Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante evento em Brasília (DF). Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva inaugurou nesta sexta-feira (23) em Hortolândia, no interior de São Paulo, uma fábrica dentro da unidade da farmacêutica EMS para a produção de medicamentos para diabetes e obesidade.

Acompanhado por ministros e pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, Lula citou a obra como um exemplo do que espera deste seu terceiro mandato, uma oportunidade de “cuidar das pessoas” e, de outro, promover a “reindustrialização” do país, uma das bandeiras que seu governo tenta promover.

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“O Brasil não tem noção da tecnologia e da qualidade da sua produção. Acho que até as pessoas aqui da cidade não sabem a tecnologia de ponta empregada aqui”, disse Lula.

O presidente voltou a exaltar o seu governo, citando que a “inflação está controlada, a economia está crescendo e o Brasil voltou a fazer parte da geopolítica mundial”. Ele também aproveitou para fazer críticas ao governo anterior, em especial na área da saúde e no enfrentamento de eventos como a pandemia da covid-19.

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As ministras Nísia Trindade (Saúde) e Luciana Santos (Ciência e Tecnologia) também fizeram críticas ao governo anterior, sem citar o nome de Jair Bolsonaro (PL) ou seus antigos auxiliares.

O presidente Lula lembrou ainda ter visitado as instalações da EMS 17 anos atrás, no seu primeiro mandato na Presidência, e citou o peso da indústria da saúde para o PIB brasileiro – responde por 10% do total, empregando mais de 9 milhões de pessoas.

“O poder de compra do Estado é um fator muito importante no desenvolvimento da indústria nacional”, finalizou o presidente, mencionando o Sistema Único de Saúde (SUS) como grande “comprador”.

O laboratório farmacêutico EMS fechou recentemente um financiamento de R$ 500 milhões com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a produção de oito medicamentos genéricos e 17 inovações em ani-inflamatórios, antialérgicos, analgésicos e outros medicamentos para ansiedade, insônia e náusea.

Segundo a empresa, seis dos medicamentos genéricos são inéditos no país e destinam-se ao tratamento de diabetes e câncer. O financiamento faz parte do programa BNDES Mais Inovação. Aloizio Mercadante, presente na inauguração em Hortolândia, disse que se trata de um financiamento recorde da instituição na área da saúde.

A fábrica em Hortolândia (SP) demandou investimento de R$ 70 milhões – dos quais R$ 48 milhões foram financiados pelo BNDES. A estrutura no interior paulista reforça o projeto do governo batizado de Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS), um dos setores estratégicos do processo de reindustrialização do país.

A previsão é de mais de R$ 57 bilhões de recursos investidos até 2026, públicos e privados, para a expansão da produção de medicamentos no Brasil.

A fábrica trabalha com tecnologia para produzir e comercializar as moléculas de liraglutida e semaglutida, destinadas ao tratamento de obesidade e diabetes. Esses medicamentos são os chamados peptídeos, análogos de GLP-1, que agem como um hormônio natural.

Os medicamentos produzidos ali, segundo a ministra Nísia Trindade, devem estar disponíveis a partir de outubro. Eles serão os primeiros feitos no país para o tratamento de diabetes e obesidade.

Com informações do Valor Econômico

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