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Em encontro com Lula, Maduro diz que Venezuela está de portas abertas a todo empresariado brasileiro
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que o país está de portas abertas a todo o empresariado brasileiro. “A Venezuela está de portas abertas com plenas garantias a todo empresariado para que voltemos ao tempo de trabalho conjunto e investimentos em crescimento econômico”, disse.
“Temos pela frente a construção de novo mapa de colaboração conjunta entre Brasil e Venezuela”, afirmou, em declaração à imprensa após reunião com o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, nesta segunda-feira (29), no Palácio do Planalto.
De acordo com Maduro, no período da manhã, ele, Lula e a equipe do governo brasileiro tiveram uma “boa, proveitosa e longa conversa”. “Fizemos uma revisão de tudo o que diz respeito à época de ouro das nossas relações, onde o Brasil e a Venezuela se encontravam cara a cara e a partir de uma vontade comum, de construir uma América do Sul em paz”, declarou o líder venezuelano.
O presidente da Venezuela lamentou que a relação entre os países encolheu pelo que chamou de uma “ideologização extrema das relações internacionais” que surgiu a partir do fenômeno de fórmulas extremistas.
“De repente, todas as portas e janelas com o Brasil foram fechadas, ainda que sejamos países vizinhos”, pontuou.
Nesta época, Maduro afirmou que houve a pretensão de invasão da embaixada da Venezuela no Brasil. “Hoje se abre uma nova época em termos de relações entre nossos povos e países”, declarou.
Segundo ele, nesta nova era, há a construção de um novo mapa de cooperação conjunta entre Brasil e Venezuela para abranger áreas da economia, comércio, agricultura e social. “Este ano, temos prognóstico do FMI e outras instituições que teremos crescimento de 5%, espero que seja mais”, disse Maduro.
Honrarias e forte esquema de segurança
O governo brasileiro montou um forte esquema de segurança para recepcionar o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, nesta segunda-feira, em Brasília. A proteção do líder chavista costuma ser reforçada e um dos motivos de preocupação do próprio governo.
Maduro já alegou ter sido alvo de tentativas de atentado, com suposto uso de drones em Caracas, em 2018.
Além de seus próprios seguranças, Maduro veio sendo acompanhado por perto por agentes da Polícia Federal, até mesmo no comboio com que circula na capital federal, aberto por motociclistas militares.
Um carro do esquadrão antibomba fez varredura nos locais em que o venezuelano passou.
O esquema montado para garantir a circulação de Maduro é ainda mais restrito que o comum, nas visitas de chefe de Estado ou de governo.
A Esplanada dos Ministérios foi totalmente bloqueada nas proximidades da Praça dos Três Poderes, que dá acesso ao Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal.
O trânsito permaneceu bloqueado em frente ao Palácio do Itamaraty, por uma barreira da Polícia Militar. Atrás deles, agentes do Gabinete de Segurança Institucional foram espalhados na pista, com mais barreiras impedindo a aproximação na entrada principal e na rampa do Planalto.
Em geral, o trânsito fica temporariamente vetado apenas nos momentos de chegada ou saída de autoridades estrangeiras recepcionadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sendo liberado logo depois de entraram na sede da Presidência.
O presidente venezuelano não visitava o Brasil desde 2015, quando participou da posse da ex-presidente da República Dilma Rousseff.
Ele foi convidado por Lula para participar de uma reunião restrita de presidentes sul-americanos, nesta terça-feira (30) no Palácio do Itamaraty.
Primeiro a chegar a Brasília, Maduro se reuniu em privado com Lula no Planalto. Ele foi recebido com honrarias de chefe de Estado: subiu a rampa oficial da sede do Executivo cercado pelos Dragões da Independência
Depois, ambos mantiveram uma audiência ampliada, com a presença de ministros e participam de uma cerimônia de assinatura de atos bilaterais de cooperação.
No Salão Leste do Planalto, agentes do GSI se posicionaram próximo das vidraças, com pastas balísticas, que se abrem em formato de escudo para blindar Maduro em caso de disparos.
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