Mansueto e Levy elogiam medidas fiscais de Haddad para redução do déficit

Economista-chefe do BTG Pactual e diretor do Safra dizem que pacote de medidas de Haddad para aumentar receita é: 'sinalização importante'

O ex-secretário do Tesouro Nacional Mansueto Almeida, economista-chefe do BTG Pactual. Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O ex-secretário do Tesouro Nacional Mansueto Almeida, economista-chefe do BTG Pactual. Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

As medidas fiscais adotadas pela Fazenda de Fernando Haddad e anunciadas nesta quinta-feira foram elogiadas pelo economista-chefe do BTG Pactual, Mansueto Almeida, e o diretor do Safra e ex-ministro da pasta, Joaquim Levy. Ambos estiveram presentes em reunião com o atual ministro da Fazenda na tarde desta sexta-feira (13).

Mansueto afirmou que o pacote fiscal pode reduzir à menos da metade o déficit primário para 2023, considerando que o rombo previsto no Orçamento de 2023 é de R$ 231 bilhões. Ontem, Haddad afirmou que a meta é reduzir o déficit primário de 2,3% para menos de 1% do PIB, e definiu como ideal uma dívida entre 1% a 0,5% para fechar o ano.

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“Claro que a gente tem que esperar algumas medidas no Congresso, a reoneração da gasolina, que deve voltar em algum momento, mas um déficit de R$ 100 bilhões é menos da metade do que saiu do Orçamento. Junto com a proposta de reforma tributária e o arcabouço fiscal, vai ser muito importante para reduzir o risco-Brasil”, disse Mansueto a jornalistas após encontro com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em São Paulo.

Mansueto elogia andamento da reforma tributária

Joaquim Levy afirmou, por sua vez, que a nova gestão começa a dar sinalizações positivas no médio prazo com a reforma tributária e o novo arcabouço fiscal.

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Mansueto, que chefiou o Tesouro no governo Temer, elogiou as propostas de reforma tributária a serem aprovadas na agenda do governo. “A questão tributária está andando bastante. Já tem a PEC 110 e a PEC 45 no Congresso, tem uma pessoa lá que entende bastante, que é o Bernard Appy. Então, mais rápido que a gente esperava, vai ter proposta de reforma tributária que será levada ao Congresso.”

“Temos informação muito relevante sobre 2023 e o governo já está se preparando para dar indicações para os próximos anos de forma que todo mundo tenha um mapa para a economia nos próximos anos”, disse o diretor do Safra.

Novo arcabouço fiscal pode ser agilizado, diz Levy

Levy descreveu o encontro com o titular da Fazenda como “construtivo”. Ainda, sinalizou que a proposta de novo arcabouço fiscal do governo Lula pode sair mais rápido do que se imagina. O objetivo, segundo Haddad, é de divulgar a nova âncora de gastos ainda no primeiro trimestre.

Questionado sobre o que disseram ao ministro, Levy e Mansueto disseram que Haddad ouviu sobre a percepção do mercado sobre os primeiros passos do governo. “A percepção de todos nós é muito semelhante. Foi uma sinalização importante ontem e que vai continuar a ser construída. O mercado já reagiu proporcionalmente ao que já foi sendo anunciado”, disse o executivo do Safra.

Também participaram da reunião com Haddad Bruno Funchal, CEO da Bradesco Asset; Daniel Cunha Nascimento Silva, economista; Marcos Azer Maluf, CEO, representando a Necton; e Mauricio Oreng, superintendente de Pesquisa Macroeconômica do Santander. Do lado do governo, também esteve presente o secretário-executivo da Fazenda, Gabriel Galípolo.

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