Marina defende ‘Plano Marshall’ ambiental e pede mudança na lógica de eventos sobre o clima

Ministra quer plano de políticas públicas para tornar Brasil 'país megaflorestal' e com economia de baixo carbono

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva em cerimônia no Salão Nobre do Palácio do Planalto (Valter Campanato/Agência Brasil)
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva em cerimônia no Salão Nobre do Palácio do Planalto (Valter Campanato/Agência Brasil)

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, defendeu nesta terça-feira (16) uma quebra na lógica das grandes cúpulas ambientais, que, segundo ela, seriam mais focadas no evento em si e menos nos encaminhamentos concretos de políticas para o setor. Ela discursou durante a abertura de um evento preparatório para a Cúpula da Amazônia, marcada para agosto, em Belém.

“Devemos quebrar a lógica dos eventos. Talvez a gente não consiga dar consequência a um momento de impulsionamento tão importante, de dar os devidos desdobramentos. E trabalhar na lógica dos encaminhamentos”, disse a ministra durante solenidade realizada do Palácio do Itamaraty. A Cúpula da Amazônia contará com a presença dos chefes de Estado dos oito países que compartilham o bioma.

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Ao destacar a necessidade de medidas concretas, Marina defendeu uma espécie de “Plano Marshall” ambiental, em referência ao programa de reconstrução da Europa após a 2ª Guerra Mundial. “Aquele Plano Marshall foi para recuperar a destruição. Este seria para evitar a destruição”, disse a ministra.

Ela citou a China como um exemplo positivo. Segundo Marina, o gigante asiático cumpriu o compromisso de se tornar, em poucos anos, o maior fabricante de equipamentos para geração de energia eólica do mundo.

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‘Nosso objetivo é ser um país megaflorestal’ diz Marina

“O nosso objetivo é ser um país megaflorestal, com economia de baixo carbono, com matriz energética limpa, produção de hidrogênio verde”, afirmou. “Esse pode ser o termo de referência para a Cúpula Amazônica”, completou Marina.

Antes dela, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse que a diplomacia brasileira também terá que incrementar um “olhar amazônico” sobre sua atuação. A pasta também pretende dar maior visibilidade ao trabalho dos embaixadores que servem nos países alcançados pela floresta.

Também participaram da solenidade os ministros Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Luciana Santos (Ciência, Tecnologia de Inovações), além de parlamentares, diplomatas e lideranças da região amazônica.

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