Mercadante defende linhas diferenciadas para setores estratégicos no BNDES

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, voltou a criticar a taxa de juros praticada no Brasil e defendeu que a instituição precisa de linhas diferenciadas para contribuir com setores considerados estratégicos. “A gente empresta [recurso] reembolsável, o que quer dizer que tem juros. E os juros no Brasil […]

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O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, voltou a criticar a taxa de juros praticada no Brasil e defendeu que a instituição precisa de linhas diferenciadas para contribuir com setores considerados estratégicos.

“A gente empresta [recurso] reembolsável, o que quer dizer que tem juros. E os juros no Brasil estão muito altos. É a 2ª taxa de juros do planeta, com um juro real ainda muito elevado, e a gente buscou dar outras prioridades porque o banco vinha desaparecendo, minguando. E estamos retomando crescimento”, disse Mercadante, a uma plateia de representantes de movimentos organizados da sociedade civil reunidos na sede do BNDES, no Centro do Rio.

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O petista participou, por videoconferência, do lançamento do 2º ciclo do BNDES Periferias, quando também foi anunciada uma nova operação de crédito com recursos do Fust (Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações) para a frente Periferias Conectadas.

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Projetos de inovação e Fundo Clima

Mercadante lamentou que o “grosso” das operações de crédito da instituição seja feito a taxas de mercado: “Nós precisamos ter mais linhas diferenciadas para ajudar alguns setores estratégicos”. Ele acrescentou que o banco conta, atualmente, apenas com a TR (taxa referencial) para projetos de inovação e o Fundo Clima, com cerca de R$ 10,4 bilhões este ano, para financiar projetos relacionados à transição energética a juros mais baixos.

Para Mercadante, as normas vigentes para concessão de financiamento por bancos públicos dificultam que o crédito dessas instituições chegue a empresas menores e empreendimentos na periferia.

“A cultura do banco e as normas do BC [Banco Central] para bancos públicos é que a empresa tem que ter rating, histórico e taxa de retorno”, disse. “Precisamos de diálogo e buscar construir instrumentos de prestação de contas, inclusive trazendo órgãos de controle, para começar a reformular algumas coisas da legislação vigente. Essas regras têm que ser flexíveis para incorporar o novo ”, completou.

BNDES Periferias

O banco de fomento anunciou, nesta segunda-feira (7), a 2ª etapa do BNDES Periferias, que apoia comunidades de todo o país e tem como foco a promoção da diversidade e a redução das desigualdades. A iniciativa prevê R$ 100 milhões em recursos não reembolsáveis, dos quais R$ 50 milhões do BNDES e outros R$ 50 milhões de instituições parceiras.

De acordo com a diretora socioambiental do BNDES, Tereza Campello, a primeira fase, lançada em março, recebeu 81 propostas e contou com a participação de 12 instituições em projetos que somaram R$ 82 milhões.

No evento, a instituição também anunciou uma operação de R$ 65 milhões com recursos do Fust para o financiamento de projeto da empresa Highline dentro da iniciativa “Periferias Conectadas”. Segundo o diretor de desenvolvimento produtivo, inovação e comércio exterior do BNDES, José Luis Gordon, o projeto prevê a instalação de 181 torres de 5G, das quais 124 em favelas de 23 Estados do país.

Gordon disse ainda que o BNDES já recebeu R$ 2 bilhões do Fust, dos quais mais de R$ 700 milhões já foram contratados. “E estamos com pipeline muito grande de projetos chegando”, afirmou.

*Com informações do Valor Econômico

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